Professora adapta aulas de dança para incluir aluno cego na PB

Publicado em 08/12/2019, às 11h29
Reprodução/TV Globo -

Razões para Acreditar

Para incluir um aluno deficiente visual nas aulas de dança que leciona em Campina Grande (PB), a professora Dany Inô adaptou toda a sua metologia de ensino. Rogério Nunes entrou para a turma há cerca de três anos e é a inspiração da turma.

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“Todo mundo pode dançar, a gente costuma dizer isso e as pessoas não acreditam, mas a dança é para todos”, diz a professora de dança.

Rogério trabalha como bancário. Em uma conversa com um amigo que já participava das aulas de dança, ele decidiu encarar o desafio e também entrou para a escola.

“Aulas de dança são para todos”

“A dança chegou casualmente na minha vida. Conversando com um amigo, ele falou que fazia aula de dança e perguntou se eu tinha interesse, e eu disse que sim, aí eu vim fazer uma aula experimental, gostei do entrosamento que tive com a turma, do entendimento com os professores, da didática, e estou aqui há três anos”, conta Rogério.

A escola adaptou sua metodologia de ensino para incluir o bancário nas aulas de dança. De acordo com Dani, ela foi aprendendo a ensinar com o próprio aluno. “Eu fui aprendendo aos poucos com ele, ele me ajudou muito a desenvolver uma metodologia pra que eu pudesse explicar a movimentação pra ele”, destaca a professora.

Bruna Dantas, estudante e parceira de Rogério na dança, afirma que desde que começou a dançar com o colega, começou a prestar mais atenção nos passos durante as aulas de dança. “Dançar com o Rogério me fez ter mais autonomia, me fez prestar mais atenção nos passos, na coreografia, nos detalhes, na contagem”, relata.

Já o fisioterapeuta Lucas Antônio, que acompanha Rogério na escola, afirma que ele é muito dedicado. “Por mais que os passos às vezes sejam difíceis, ainda mais pra ele, ele tá sempre lá tentando, repetindo, sempre na perseverança e conduzindo também”, salienta.

“Primeiro a gente tem que querer fazer as coisas e, segundo, tem que ter oportunidade. Precisamos das duas coisas!”, afirma Rogério Nunes.

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