Professora "acerta" tema de redação e alunos agradecem por desempenho no Enem

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”, levou candidatos de todo o país a refletir e argumentar sobre uma situação muito presente em seus cotidianos.

Na prova aplicada neste domingo (06), estudantes tiveram que expor ideias favoráveis e contrárias ao tema, e chegar a uma conclusão, um veredito, como em um júri popular, que pode condenar ou absolver um réu.

Foi assim, simulando um julgamento, que a professora de redação Silvia Sobrinho apresentou, debateu e ensinou aos alunos do 3º ano do Colégio de São José, em Maceió, exatamente aquele que seria o assunto abordado no exame.

Hoje, os agradecimentos no Facebook e pelo Whatsapp confirmaram que a professora acertou no alvo. “Se eu soube fazer algo nessa redação foi graças ao seu trabalho em sala de aula”, postou um dos alunos.

“A única pessoa no mundo que me fez revirar a vida atrás de algo que fosse positivo sobre a intolerância, pelo menos achei muitas críticas no meio tempo e consegui fazer uma redação ótima”, postou outra.

A escolha da intolerância religiosa para o debate em sala foi feita por meio de sorteio, mas dentre temas presentes no cotidiano da sociedade brasileira, segundo explicou Silvia ao TNH1.

Para a professora, foi mais que uma questão de sorte. “A gente trabalha com todo o ensino médio e levo, principalmente para o terceiro ano, os temas que estão sendo debatidos na sociedade. Trabalhamos vários temas que poderiam cair: aquilo que está dentro do nosso dia a dia”, disse.

No banco dos réus

No trabalho feito com os estudantes, a professora sorteou três grupos para fazer a defesa, a acusação e o julgamento da “intolerância religiosa”.

Cada grupo pesquisou e se aprofundou no assunto e teve que entregar um trabalho escrito com seu posicionamento e, em sala, apresentar seus argumentos. Os jurados analisaram os dois lados e escolheram quem realizou a melhor defesa. “O interessante é que sorteei quem faria a defesa e teve aluno que era contra e teve que ser a favor. Eu disse: ‘É o grande desafio de vocês’. Foi a melhor coisa!”, diz.