Redação
O procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, vai lançar um protesto, na manhã desta quinta-feira (8), no início da sessão da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas, contra a decisão que determinou segredo de justiça ao julgamento do recurso da condenação de políticos alagoanos envolvidos na Operação Taturana.
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O esquema causou um prejuízo em torno de R$ 300 milhões aos cofres públicos do Estado, e levou à prisão de 36 pessoas, no ano de 2007. Conforme lembrou o procurador do Ministério Público Estadual, em entrevista ao programa Balanço Geral, da TV Pajuçara, nesta quinta (8), parlamentares contraíram empréstimos pessoais ao Banco Rural e não pagaram. Posteriormente, o valor foi quitado com verba de gabinete da Assembleia Legislativa.
“Os réus contraíram empréstimos e não pagaram um tostão. Quem pagou foi você, fui eu, foi o povo alagoano”, criticou.
Com o segredo de Justiça, nem a população, nem a imprensa poderão ter acesso aos debates entre as partes no julgamento do recurso impetrado pela defesa dos réus. "É inadmissível que o povo e a imprensa de Alagoas não possam comparecer para assistir ao veredicto de um caso tão escandaloso que envolve uma dezena de parlamentares", lamentou o chefe do MPE/AL.
Para Jucá, a Operação Taturana representa a maior roubalheira de dinheiro público registrada em Alagoas. “Por que esconder da sociedade essa roubalheira? Por que esconder que o processo tramitou, que condenou todos os envolvidos? Por que o povo não ter acesso?”, questionou, durante a entrevista, nesta manhã.
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