Prisão de senador causa impacto eleitoral, prevê Paulo Fiorillo

Publicado em 29/11/2015, às 16h14
-

Redação


O presidente do PT Municipal em São Paulo, Paulo Fiorillo, afirma que a prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), ocorrida na quarta-feira, 25, em uma operação da Polícia Federal, causa preocupação pelo impacto que terá nas eleições do ano que vem. 


A reeleição de Fernando Haddad é prioritária para o partido. Desgastado com a Lava Jato e com a baixa popularidade da presidente Dilma Rousseff, manter o governo na maior prefeitura do País seria uma vitória importante para os petistas. "É óbvio que foi algo impactante e que estamos acompanhando para entender exatamente o que aconteceu e os desdobramentos. Estamos preocupados como todo mundo está", disse Fiorillo ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado.


Para o dirigente, o PT e a futura campanha de Haddad devem reforçar o diálogo com a população para separar o que são erros de indivíduos da instituição Partido dos Trabalhadores. "Se tem pessoas que erraram, elas vão ser punidas, mas tem que separar da instituição que é o partido, que promoveu políticas públicas importantes no País e aqui na capital. Esse é o legado do PT", afirmou.


Entre outras obras da gestão, Fiorillo acredita que Haddad deve citar medidas de combate à corrupção como uma vacina contra o discurso de que o PT está marcado por casos de desvios éticos. "Além das políticas públicas que mudaram a vida das pessoas na cidade, como ações na área da saúde, mobilidade, o passe livre para estudantes de baixa renda e desempregados, o Haddad implantou a Controladoria (Geral do Município), entre outras medidas de combate à corrupção. Isso vai ser um diferencial."


Fiorillo admite que será difícil construir esse discurso para o eleitorado, mas acha factível, apesar do que chama de campanha da mídia pelo desgaste da legenda. "Claro que não é fácil dialogar com todos e tem uma parcela da sociedade que pode não ter o mesmo entendimento de separar as coisas, mas com toda a crise o PT ainda tem a marca do legado social", defendeu.


Afastamento do partido


O petista disse não ver um afastamento de Haddad do partido para se descolar do desgaste da legenda. "A imagem do PT preocupa, mas ainda é o partido com maior recall entre o eleitorado, com toda a crise", disse. E destacou que Haddad tem dialogado com o PT municipal.


O dirigente admite que secretários e pessoas de confiança de Haddad podem estar traçando estratégias para o ano que vem separadamente do partido, mas considerou o movimento natural. "Pode até haver estratégias se desenhando separadamente, porque existem visões diferentes. Ainda não sentamos todos na mesma sala, na mesma mesa, até o ano que vem isso vai se alinhando."



Fonte: Agência Estado


Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Bolsonaro se manifesta após vídeo sobre Pix de Nikolas viralizar PGR se manifesta contra autorização para viagem de Bolsonaro aos EUA Projeto prevê prisão de quem divulgar imagens de suicídio ou automutilação Familiares, autoridades e admiradores prestam as últimas homenagens a Benedito de Lira