Presidente do STF, sobre críticas a ministros por encontros com empresários: “É preconceito contra a iniciativa privada”

Publicado em 13/10/2024, às 14h04

Redação

Em evento patrocinado pela JBS, entre outras empresas, presidente do STF defende encontro com empresários.

O próprio Luís Roberto Barroso e o ministro Dias Toffoli são relatores de várias ações de interesse da JBS, dos famosos irmãos Batista.

O assunto é objeto de reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”:

“O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, falou na manhã deste sábado, 12, ao II Fórum Internacional, evento promovido pelo grupo Esfera Brasil em Roma, na Itália. Na palestra, que abriu o segundo dia do evento, Barroso defendeu a presença de ministros da Corte em eventos empresariais e disse que as críticas são ‘preconceito contra a iniciativa privada’, recebendo aplausos da plateia.

O evento promovido pelo grupo Esfera é patrocinado por um grupo de empresas que inclui a JBS, pertencente aos irmãos Wesley e Joesley Batista. Como mostrado pelo Estadão, os ministros Barroso e Dias Toffoli, que marcam presença no ato, são relatores de várias ações de interesse da empresa. Em nota, a Corte afirmou que não há nenhum gasto do STF com passagens e diárias de ministros.

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), também esteve no encontro em Roma. Ele viajou num voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para palestrar neste sábado, e aind adeu carona ao colega e antecessor na presidência do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil), que palestrará em evento promovido pelo Lide, em Londres.

‘Vira e mexe a gente sofre a crítica de participar de eventos como este. Eu queria dizer que eu converso com as comunidades indígenas, converso com os advogados, com o agronegócio, com estudantes, com todos os setores da sociedade’, disse o presidente do STF.

Segundo levantamento do Estadão, que compilou todas as audiências públicas de Barroso desde que ele tomou posse, no dia 29 de setembro de 2023, até o dia 4 de julho deste ano, representantes de empresas são os mais atendidos pelo ministo quando desconsiderados os encontros com membros dos três Poderes.

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