Redação
Antes de começar a anunciar o elenco para a temporada 2016, a diretoria do CSA tenta resolver umas de suas principais preocupações: as Certidões Negativas de Débitos Fiscais. Sem elas, baseado no Profut (Programa da Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro), o clube fica impedido de disputar qualquer competição a partir de 2016.
As certidões necessárias são da Receita Federal, INSS, FGTS e Justiça do Trabalho. Destas, o CSA tem informado que ainda tenta obter as duas últimas até o prazo final de entrega: o arbitral do Campeonato Alagoano 2016, programado para 17 de novembro, mas com prazo para entrega das certidões podendo acontecer até 30 de novembro.
Presidente do Conselho Deliberativo do Azulão, Raimundo Tavares voltou a tranquilizar a torcida e garante que até o prazo o CSA estará com todas as certidões necessárias. “Está sendo feito um trabalho pela presidência executiva do clube e do Conselho Deliberativo para que o CSA possa viabilizar o mais rápido possível essas certidões, porque elas são de fundamental importância para que a gente fique regular perante a nova legislação”, disse.
“É bem verdade que o CSA tem suas dificuldades, mas no que se diz respeito a essas certidões, nós podemos ficar tranquilos porque o clube vem honrando o parcelamento junto ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e estamos também encontrando dificuldades por conta da greve dos bancos, sobretudo da Caixa Econômica Federal. Mas o nosso vice jurídico, Ricardo Omena, está tomando as providências para que o CSA possa, até o mês de novembro, entre os dias 15 e 20, estar plenamente regular com essa nova legislação. O trabalho que está sendo feito é de dedicação exclusiva”, completou.
Processo de ex-atletas
Via assessoria de imprensa do CSA, Raimundo Tavares também falou sobre os processos judiciais de ex-jogadores, em especial o ex-meia Claudinho e o ex-goleiro Flávio, que pedem na Justiça, respectivamente, R$ 1,5 milhão e R$ 160 mil. “Isso não será problema, de forma nenhuma. Já tem dois anos que fizemos o acordo (para quitação de dívidas) com o TRT e isso vem sendo cumprido mensalmente, porque isso nos dá a possibilidade de realizar jogos do CSA sem ter necessariamente um fato que ocorria permanentemente, que era a presença de um oficial de Justiça bloqueando as rendas do CSA”, comentou Tavares.
O presidente do Conselho Deliberativo informa ainda que o clube vem mantendo os pagamentos com o TRT em dia. “Em fases boas chegamos a recolher (para pagamento) R$ 15 mil mensal, e em outras fases, como essa de agora (com o clube sem calendário), de R$ 8 mil a 10 mil mensal. Então isso vem amortizando. O Dr. Ricardo Omena (vice jurídico) informou que mais de 50 processos estavam liquidados, e mantendo essa sequência de disponibilidade de recursos, nos dá a garantia de cumprir também com o Flávio, o Claudinho e aqueles que venham a aparecer”.
Outros assuntos
Raimundo Tavares disse ainda que “até o final desse mês faremos uma convocação do Conselho e vamos aumentar o número de conselheiros participando ativamente, sobretudo na questão financeira, que o clube está precisando, e também do aumento do número de sócios torcedores, que é a única receita efetiva que ele tem. Então estamos dando uma nova dinâmica no Conselho”.
“Outra questão que vejo muita gente se preocupando é com a lei do Profut, e é para se preocupar mesmo, como também com contratações, mas também não vejo ninguém se preocupar em como o CSA vem pagando as folhas de pagamento. Por isso tenho que parabenizar o presidente Rafael Tenório, que em momento nenhum deixou de honrar rigorosamente em dia a folha de pagamento, enfim, de tudo aquilo que mesmo o CSA parado precisa sobreviver”, encerrou.
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