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O prédio onde antigamente funcionava o Colégio Evangélico Batista de Bebedouro, que fica localizado na Ladeira Professor Benedito Silva, no Flexal de Cima, em Maceió, foi demolido no final da manhã deste sábado (11). A demolição foi recebida com surpresa por alguns moradores, que relataram que não foram comunicados sobre a remoção da estrutura.
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De acordo com os moradores, algumas demolições estão sendo feitas em locais que não estão desocupados, e que essa ação está descumprindo o acordo firmado entre a Braskem, Justiça e órgãos públicos. Ainda segundo os relatos, apenas moradores de duas ruas próximas ao antigo Colégio Evangélico Batista foram comunicadas sobre a demolição deste sábado.
Em nota (veja abaixo), a Braskem disse que a demolição foi feita de forma preventiva, após uma determinação da Defesa Civil de Maceió. A empresa ainda ressaltou que o local apresentava comprometimento estrutural e oferecia risco à segurança de moradores da região.
"A demolição preventiva dos imóveis que integram o mapa de desocupação e monitoramento e estão no percurso de entrada dos Flexais foi determinada pela Defesa Civil de Maceió.
A demolição também é uma das 23 medidas previstas no Projeto Integração Urbana e Desenvolvimento dos Flexais, resultado do acordo assinado entre o Município de Maceió, Ministério Público Federal, Ministério Público do Estado de Alagoas, Defensoria Pública da União e a Braskem. O objetivo do projeto é reverter a situação de ilhamento socioeconômico na região, e as demolições são necessárias uma vez que algumas unidades apresentam comprometimento estrutural. A medida, portanto, é importante para a segurança dos moradores da região.
Vale destacar que a população foi previamente comunicada sobre as atividades realizadas hoje (11) e que, após manifestações por parte de alguns moradores, com obstrução dos trabalhos, a Justiça Federal em Alagoas determinou que as atividades na região, por sua relevância, não poderiam ser impedidas" , diz a nota.
Já a Defesa Civil de Maceió disse que a ação foi realizada após acordo judicial que obriga a mineradora a realizar e gerenciar o cronograma de demolições das áreas afetadas pelo afundamento do solo. O órgão disse ainda que todas as prerrogativas dessa demolição são da Braskem e que acompanhou o processo de remoção apenas de maneira simbólica.
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