Por que as ressacas parecem ficar mais fortes com a idade?

Publicado em 17/06/2019, às 21h14
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Folha Press

Tomar uma cerveja ou uma caipirinha a mais já é suficiente para causar um estrago no seu dia seguinte? Pode ser desagradável, mas não é motivo para preocupação -não de saúde pelo menos. Se os anos costumam fazer bem para um bom vinho, o mesmo não vale para pessoas, nas quais os efeitos do álcool costumam se tornar mais cruéis com o tempo.

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A ressaca é o efeito tóxico da bebida e seus subprodutos no corpo. De forma geral, não há como definir qual é o ponto sem volta da dor de cabeça do dia seguinte, já que isso pode variar muito de pessoa para pessoa. As bebidas alcoólicas são tóxicas para o corpo e precisam ser metabolizadas.


"Entre a absorção e ser excretado, temos processos que se utilizam de várias enzimas. Conforme vamos envelhecendo a nossas metabolização já não tem a mesma eficácia de quando somos jovens", diz Nelson Iucif, médico nutrólogo da Associação Brasileira de Nutrologia. "Da mesma forma como quando somos jovens somos mais rápidos, temos mais força."


Segundo o especialista, o sistema nervoso também é afetado, ficando mais suscetível aos efeitos do álcool e à sua metabolização. Iucif diz que outro fator que pode contribuir para a maior facilidade para ressaca são os problemas de saúde que a idade muitas vezes traz. "As pessoas tomam medicamentos para esses problemas, e essas drogas vão interagir com a bebida alcoólica, direta ou indiretamente, na maioria das vezes desfavorecendo a metabolização, a excreção dos seus subprodutos", diz o especialista.


Desse modo, com o avanço da idade, uma dose que antes não fazia nem cócegas pode ter maiores efeitos momentâneos e levar mais tempo para ser eliminada do corpo. A maior sensibilização, porém, só se acentua entre os 60 e 65 anos. Em qualquer idade, o segredo é conhecer seus limites e não esquecer de beber água enquanto consome álcool. 

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