Policial preso por matar mulher que reclamou de assédio contra sobrinha deve responder por quatro crimes

Publicado em 18/10/2023, às 10h17
Wellington Pereira da Silva, de 35 anos, foi preso em flagrante | Foto: Reprodução -

Eberth Lins

O policial militar Wellington Pereira da Silva, de 35 anos, suspeito de matar a tiros Rosineide da Costa Silva, de 53 anos, depois de supostamente ter importunado sexualmente a sobrinha dela, uma jovem de 21 anos, foi indiciado por homicídio qualificado, tentativa de homicídio, lesão corporal e importunação sexual. O inquérito policial, conduzido pelo delegado Thiago Prado, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), foi concluído nesta quarta-feira (18), 10 dias após os crimes no bairro de Cidade Universitária, na parte alta de Maceió. 

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"Com o aprofundamento da investigação, apurou- se que o acusado, que é um policial militar de 35 anos, teria cometido ao menos quatros condutas criminosas em face de vítimas distintas, sendo a primeira delas o crime de importunação sexual em face da sobrinha da vítima. Na sequência, o crime de lesão corporal em face de uma convidada da vítima, que estava na residência e tentou contê-lo no momento da reação agressiva. Na sequência ele chegou a sacar a sua pistola de calibre 9.mm e efetuou o primeiro disparo em direção de outro sobrinho da vítima, incidindo assim o crime de tentativa de homicídio. Por fim, o agressor efetuou oito disparos em face da vítima Rosineide, a qual foi atingida nos membros inferiores, na região do abdômen e na mão esquerda, incidindo assim no crime de homicídio qualificado por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima", detalhou Prado.

Conforme o delegado, o inquérito agora será remetido ao Poder Judiciário e Polícia Militar (PM/AL). "Para que o acusado responda a ação penal que deve se iniciar nos próximos dias, como também será encaminhado ao Comando Geral para que possa instruir o procedimento administrativo disciplinar", acrescentou.

Wellington Pereira da Silva foi preso em flagrante e no dia seguinte aos crimes foi determinada a prisão preventiva. Ele foi encaminhado ao presídio militar, onde permanece à disposição da Justiça. O PM foi convidado por um vizinho de Rosineide para uma bebedeira no Conjunto Residencial Jardim Royal. Lá, conforme informações de testemunhas, ele tentou se relacionar com a sobrinha da vítima, contra a vontade dela, momento em que Rosineide tentou intervir, sendo morta a tiros.

Veja o vídeo do delegado Thiago Prado, falando sobre o encerramento do inquérito policial: 

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