TNH1 com TV Pajuçara
Uma mulher identificada como Selma foi presa sob a suspeita de participação na morte de João de Assis, o auditor fiscal da Receita Estadual, da Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas (Sefaz-AL). Ela é mãe dos suspeitos do assassinato e teria tentado apagar vestígios do crime. A informação foi confirmada pelo programa Balanço Geral Alagoas, da TV Pajuçara/Record TV, no início da manhã desta segunda-feira, 29.
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Segundo a polícia, a mulher destruiu provas que comprovavam o envolvimento dos filhos na morte de João de Assis. Ela foi encaminhada para a sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Chã de Bebedouro, e chorou momentos antes de prestar depoimento às autoridades.
"Ela é mãe do primeiro indivíduo preso. A prisão dela é temporária. Em diligências, a polícia teve acesso às imagens de câmeras de segurança do entorno do depósito de bebidas onde ocorreu o fato e é possível identificar o momento em que um dos filhos, objetivando dar fim ao veículo da vítima, entra no carro. Em seguida, a genitora entra no carro da família, o que sugere que ela acompanhou o filho até o local [da desova] para trazer ele de volta", disse a delegada Rosimeire Vieira.
"Ela disse que não estava [no momento do crime], que chegou após o fato, e confirmou que ajudou a apagar os vestígios do crime", continuou a delegada ao destacar a declaração da suspeita no momento da prisão.
O corpo de João de Assis foi localizado carbonizado na região do Rio do Meio, próximo à Usina Cachoeira do Meirim, e o veículo da Sefaz, que João dirigia, foi encontrado em uma região de canavial, perto da rodovia AL-405. Um homem foi preso no sábado e o irmão dele segue foragido.
Desavença e morte - O delegado Thales Araújo, coordenador da Gerência de Inteligência Policial (Ginpol) da Polícia Civil, informou que a morte do auditor fiscal, cujo corpo foi encontrado carbonizado na noite dessa sexta-feira, 26, foi decorrente de uma desavença com dois comerciantes, após ele flagrar irregularidades em um estabelecimento comercial, localizado no Tabuleiro do Martins.
De acordo com o delegado, foi por meio do celular da vítima, abandonado pelos suspeitos em um terreno baldio, em Rio Largo, que a polícia conseguiu chegar aos suspeitos. " Familiares vinham fazendo várias tentativas de contato. Em uma delas, uma pessoa que estava passando pelo local atendeu. O aparelho estava jogado em um terreno baldio e foi entregue a uma guarnição da Polícia Militar. Em seguida, foi repassado à família e posteriormente à Polícia Civil", conta Thales Araújo.
De posse do aparelho, e com acesso concedido por familiares, foi possível, segundo o delegado, constatar que João Assis usava seu aparelho para fotografar as suas fiscalizações e apreensões de produtos irregulares durante o seu trabalho. "A partir daí, nós identificamos uma situação que casava com o horário relatado do desaparecimento dele", disse o delegado, ao explicar como chegou ao primeiro suspeito.
"Em depoimento, ele relatou que a situação foi fruto de uma desavença por causa de uma fiscalização. Ele e o irmão ficaram com medo que empresa deles viesse a ser fechada. A desavença partiu para as vias de fato, o que teria provocado uma queda do servidor da Sefaz, que veio a bater a cabeça e ficou desacordado", relata o delegado.
O suspeito contou que ele e o irmão achavam que o fiscal estivesse apenas desacordado e que foi atitude do irmão pegar o corpo e levar do local, versão que é contestada pelo delegado.
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