Redação TNH1
Uma festa realizada nesse final de semana, no município de Barra de São Miguel, litoral Sul do estado, virou caso de polícia. O evento reuniu centenas de pessoas, em descumprimento ao decreto do Governo de Alagoas relativo à pandemia de Covid-19. A Polícia Civil busca os organizadores da festa, enquanto o Ministério Público Estadual (MPE) confirmou ter aberto dois procedimentos para também apurar a responsabilidade do Município.
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A Prefeitura da Barra de São Miguel, por sua vez, informou não ter sido informada do evento realizado numa marina. Por meio de nota, a Secretaria de Saúde disse ter acionado equipe da Vigilância Sanitária, bem como a Procuradoria do Município, já tendo adotando as providências cabíveis.
No mesmo comunicado, a Prefeitura classificou a festa como clandestina. Em razão da pandemia, o decreto governamental em vigor estabelece que eventos só podem ser realizados para 50 pessoas em ambientes fechados e para até 100 pessoas em ambientes abertos, com o responsável tendo de seguir as já conhecidas medidas sanitárias, a exemplo da aferição da temperatura corporal e da higienização das mãos.
De acordo com a assessoria de comunicação do MPE, além do procedimento em curso, voltado aos organizadores do evento que desrespeitou o protocolo de prevenção à Covid-19, a possibilidade de omissão da Prefeitura também é averiguada, uma vez que a festa teria durado três dias, período em que a Prefeitura não agiu no sentido de cessá-la.
O TNH1 apurou também que o evento foi realizado em comemoração ao aniversário de um empresário. Por sua vez, a delegada Liana França, titular do 17º Distrito Policial, confirmou a abertura de inquérito para apurar o episódio, em virtude do flagrante de aglomeração e desrespeito à fase amarela do Plano de Distanciamento Social Controlado.
Confira, abaixo, a nota encaminhada pela Prefeitura da Barra de São Miguel:
"Não há qualquer solicitação de autorização junto à Prefeitura da Barra de São Miguel, portanto, trata-se de uma festa clandestina. Ao tomarmos conhecimento da denúncia, requisitamos a presença da Vigilância Sanitária no local. Notificamos também a procuradoria do Município e os demais órgãos envolvidos.
Não compactuamos com qualquer nível de transgressão às normas impostas pelas autoridades sanitárias - em nível federal, estadual ou municipal - diante da Pandemia que continua fazendo inúmeras vítimas fatais. Reforçamos, ainda, que as medidas cabíveis estão sendo tomadas".
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