Pobreza atingiu mais da metade da população alagoana em 2021, diz IBGE

Publicado em 02/12/2022, às 20h02
Em Alagoas, pobreza atinge mais da metade da população em 2021, o maior valor da série histórica | Foto: Arquivo / Agência Brasil -

Ascom IBGE

Mais da metade da população alagoana (51,7%) vivia em situação de pobreza no ano de 2021, o que correspondia a mais de 1,7 milhão de pessoas em números absolutos. Esse é o maior valor já registrado desde o início da série histórica, iniciada em 2012. Dentro desse contingente, mais de 523 mil (15,6%) alagoanos estavam em situação de extrema pobreza. Os dados são do estudo “Síntese de Indicadores Sociais - 2022”, divulgado nesta sexta-feira (02) pelo IBGE.

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As faixas para enquadramento na pobreza e da extrema pobreza são aquelas propostas pelo Banco Mundial, que adota como linha de pobreza os rendimentos per capita de US$ 5,50 PPC por dia, equivalentes a R$ 486 mensais per capita. Já a linha de extrema pobreza é de US$ 1,90 PPC, ou R$ 168 mensais per capita.

Em 2020, 43,9% da população alagoana vivia em situação de pobreza, havendo um aumento de 7,8 pontos percentuais em 2021. Na extrema pobreza, por sua vez, estavam 11,8% dos habitantes, índice que cresceu 3,8 pontos percentuais até atingir o patamar do ano passado.

Na capital Maceió, 36,9% da população (mais de 380 mil pessoas) estavam em situação de pobreza em 2021, correspondendo também ao maior valor da série histórica. Destas, 8,9% (mais de 91 mil) viviam na extrema pobreza. 

Homens têm rendimento maior e também sofrem maior perda frente a 2020 - Considerando-se o rendimento médio per capita, os homens (R$ 769) receberam 3,2% a mais que as mulheres (R$ 745). Na comparação com 2020, houve recuo de 9,75% no rendimento dos homens (era R$ 852) e de 8,1% no rendimento das  mulheres (7,5%).. Considerando o início da série histórica, o rendimento dos homens cresceu 4,3%, saindo de R$ 737 em 2012. Já o rendimento das mulheres apresentou estabilidade

No recorte por cor ou raça, o estudo revelou que pretos ou pardos tinham um rendimento domiciliar per capita médio de R$ 675, enquanto para os brancos o valor era de R$ 956, mais de 41% superior. Ambos os rendimentos recuaram frente a 2020, mas os brancos (11%) perderam mais que os pretos e pardos (9,64%).

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