Pneumologista do HGE orienta sobre o perigo da fumaça nas festas juninas

Publicado em 18/06/2019, às 19h01
Carla Cleto - Ascom Sesau -

Ascom Sesau

Tradicionalmente, em junho, celebra-se os festejos de Santo Antônio, São João e São Pedro. Comidas e bebidas típicas desta época sempre estão no cardápio. O forró ajuda a embalar as comemorações do período junino. No entanto, para que a celebração não perca o seu lado lúdico, é preciso tomar algumas precauções para que o misto de gases nocivos à saúde causados pela queima de fogueiras e fogos de artifício provoque patologias respiratórias ocasionadas pela inalação.

O pneumologista do Hospital Geral do Estado (HGE), Luiz Cláudio Bastos, explica que a fumaça da fogueira, por ser um componente que evapora, ao entrar pelas vias aéreas de pacientes mais sensíveis, sobretudo os que possuem doenças alérgicas respiratórias – asma e rinite –, costumam sofrer mais no período das festas juninas.

“A fumaça da fogueira e o cheiro da combustão dos fogos de artifício causam irritação, podendo desencadear uma crise asmática, acompanhada de tosse, chiado no peito e falta de ar. Nesse período, os médicos costumam receber muitos pacientes que precisam de atendimento nos prontos-socorros por conta disso. Possivelmente, aqueles que se encontram num nível estável, a fumaça nas vias áreas faz com que se desencadeie e se desequilibre uma estabilidade no paciente”, explicou o especialista.

No entanto, aqueles que estão mais controlados à base de corticoide e bronco dilatador associados, conforme o pneumologista, aguentam melhor a fumaça durante as comemorações das festas juninas. Mas, mesmo assim, ele orienta que essas pessoas não fiquem tão próximas, até porque a quantidade de fumaça, a depender do local, é grande e pode irritar muito.

Além da rinite e da asma, Luiz Cláudio Bastos destaca que há outros problemas que a fumaça da queima das fogueiras pode causar, principalmente a conjuntivite química, culminando em olhos vermelhos, com coceiras, lacrimejo, e pálpebras inchadas.

O pneumologista recomenda que, se os alérgicos– com asma ou rinite –, já usam determinado tipo de medicamento, vale a pena repetir até, no máximo, três vezes, na tentativa de aliviar os sintomas. Caso isso não resolva, o ideal é sair do local imediatamente e procurar assistência médica em um pronto-socorro mais próximo.

“Não espere melhorar com o uso de medicação em casa. Use uma, duas ou até três vezes. Se os sintomas não aliviarem de jeito nenhum, oriento que a pessoa procure um hospital para tomar as medicações adequadas e mais urgentes”, orientou, ao acrescentar que, se não for tratada adequadamente, a asma pode levar à morte devido ao bloqueio que provoca nas vias aéreas.

Dentro de casa -

O pneumologista fez questão de ressaltar que, caso não seja possível os alérgicos e asmáticos se afastarem dos focos de fumaça, eles devem fechar portas e janelas, colocando toalhas molhadas nas frestas para impedir a entrada da fumaça, além de sempre fazer uma limpeza no chão da casa e ter em mãos a medicação certa.


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