Um tenente da reserva da Polícia Militar foi preso em operação nesta sexta (08) suspeito de um homicídio praticado no dia 25 de outubro no bairro Cidade Universitária, em Maceió.
O militar José Gilberto Cavalcante Gois foi preso com Wagner Luís das Neves, ambos suspeitos de executar Luciano de Albuquerque Cavalcante, 48 anos, e também podem ter premeditado o crime, com interesse em ficar com um terreno avaliado em R$ 1 milhão, que vinha sendo negociado entre as partes.
De acordo com a delegada Taciane Ribeiro, da Delegacia de Homicídios da Capital, o carro usado no crime, um Voyage branco com reboque e vidros fumê, que seria de Wagner Luís, ajudou a chegar aos possíveis autores.
A polícia também investigou a vida da vítima e descobriu que José Gilberto havia negociado com a vítima para lotear um terreno, localizado no bairro Forene, em Rio Largo, e vinha cobrando Luciano para que lhe repassasse a quantia de R$ 3 mil para pagar a escritura.
No dia do crime, imagens de câmeras de segurança filmaram o momento em que o Voyage branco entra no condomínio do PM Gilberto, onde permanece por 12 minutos, e sai em direção ao posto Acauã, onde a vítima trabalhava, com aluguel de máquinas pesadas, e onde foi morta.
"O Gilberto passou pela vítima e efetuou cinco tiros. Quem dirigia era o Wagner, que mantém grande amizade no meio da Polícia Militar, inclusive, muitas pessoas acreditam que ele é da P2 (serviço de inteligência), e ele possui em casa vários fardamentos da polícia", declarou a delegada.
Camisetas com identificação em nome de outras pessoas, calças, um par de botas, um cassetete e bolsas da PM foram apreendidos na casa de Wagner, que não é policial. Na casa de Gilberto, foram apreendidos cartuchos de munição ponto 40.
"A gente acredita que a motivação tenha sido para Jose Gilberto ficar com o terreno. Há outras diligências para vermos se outras pessoas tiveram envolvimento no crime", aponta Ribeiro.