Pivô da guerra na Rocinha, Rogério 157 é condenado a 32 anos de prisão

Publicado em 24/07/2018, às 18h47

Redação

Ex-chefão do tráfico de drogas da Rocinha, Rogério Avelino da Silva, o Rogerinho 157, acaba de ser condenado a 32 anos de prisão por tráfico, associação ao tráfico e corrupção ativa. No mesmo processo, José Carlos Souza Silva, o Gênio, que está foragido, foi punido com seis anos e oito meses de detenção. A sentença é da juíza da 40ª Vara Criminal, Alessandra Bilac.

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Rogério 157 foi preso na comunidade do Arará, Zona Norte da Cidade, em dezembro do ano passado. À época, era o bandido mais procurado do Rio com recompensa estipulada em R$ 50 mil. Em setembro, foi o responsável pelo início de uma guerra sangrenta na Rocinha. Atualmente, o criminoso está na penitenciária federal de Porto Velho, em Rondônia.

Disputa na Rocinha

Preso no começo de dezembro, Rogério 157 controlava o tráfico de drogas na Rocinha desde a prisão de Nem, em 2011. Ambos estão presos em alas separadas na penitenciária federal de Porto Velho, em Rondônia.

Em setembro, os dois romperam porque 157 estaria obrigando moradores a pagar uma taxa de gás e cobrando tributos adicionais de mototaxistas e comerciantes, o que lhe rendia R$ 100 mil por mês. Essas informações foram reveladas pelo também traficante Edson Antônio da Silva Fraga, o Dançarino, preso em setembro.

As extorsões teriam desagradado Nem, que ordenou a saída de Rogério 157 da Rocinha. Segundo uma testemunha, em agosto do ano passado, 157 teria assassinado três traficantes aliados de Nem em retaliação à ordem e expulsado Danúbia da comunidade.

A briga culminou em uma semana de tiroteios ininterruptos e levou o estado a realizar uma grande ação militar na região, com tanques de guerra e outros recursos, em 22 de setembro. Quase mil homens das Forças Armadas foram mobilizados.

O racha com Nem, um dos principais chefes da ADA (Amigos dos Amigos), acabou isolando Rogério 157 na estrutura da facção criminosa. Com isso, após fugir da Rocinha, ele acabou migrando para o principal grupo rival, o CV (Comando Vermelho).

Rogério 157 tinha contra ele mais de dez mandados de prisão por crimes como homicídio, assalto a mão armada e tráfico de drogas.


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