Letícia Cardoso*
Os estudos realizados no bairro do Pinheiro, em Maceió, para descobrir a causas dos tremores de terra que aconteceram em março de 2018 seguem na manhã desta terça-feira, 15. Dessa vez, a equipe do Serviço Geológico do Brasil faz um estudo de resistivimetro, que utiliza um método elétrico capaz de fazer uma espécie de raio-x do solo.
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De acordo com o geofísico Jairo Andrade, as imagens geradas podem chegar a até 60 metros de profundidade e identificar se existe alguma região oca no solo, já que o aparelho mede a resistividade. É possível descobrir também que materiais existem na superfície, como salmoura, por exemplo.
O novo método é elétrico e é capaz de identificar os materiais existentes no solo. Crédito: Lucas Alcantara / Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável / Semds |
Andrade explica ainda que os estudos feitos são complementares e que é incomum situações como a que está acontecendo no bairro sejam registradas em áreas urbanas, com danos a tantas casas.
“Vamos juntar todas as informações para chegar a um senso comum e o resultado mais preciso possível sobre as causas das rachaduras. No momento não temos nenhuma informação precisa, tudo o que se sabe é especulação e acaba deixando a população assustada”, expõe o geofísico.
Os estudos realizados são complementares para chegar a causa de rachaduras. Crédito: Erik Maia / TNH1 |
Até do dia 24 deste mês, esse método será utilizado em cerca de nove ruas, onde duas delas não foram registradas fissuras, para que seja possível comparar os dois resultados e entender as diferenças entre os solos.
*Estagiária sob supervisão da editoria
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