Lucas Malafaia* com Erik Maia
Moradores do bairro do Pinheiro, em Maceió, que tiveram os imóveis avariados por conta de tremores de terra que vêm acontecendo no bairro desde março deste ano, realizaram um protesto na Praça Arnon de Melo, na manhã desta terça-feira (4). A manifestação, organizado por um grupo que se intitula o 'SOS Bairro Pinheiro', foi às ruas para cobrar providências do poder público.
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“Queremos que as autoridades sejam mais claras conosco que tivemos que abandonar nossos imóveis, nossos sonhos. Deixamos tudo para trás e não temo a mínima noção do que faremos com nossos patrimônios”, explicou. De acordo com ele, apenas a Defesa Civil Municipal tem acompanhado a situação do Pinheiro.
“As autoridades têm que entender que há um bairro em risco. E quem vai se responsabilizar se algo maior acontecer? É notório, que a casa visita que você fazer nos imóveis afetados e em muitos outros que estão sendo afetados, que o processo é evolutivo. A cada dia, a cada semana você vê mais rachaduras se espelhando mais e aumentando”, afirma o morador.
Na casa onde Joelington, além das rachaduras nas paredes, há um buraco com cinco ou seis metros de profundidade. Ele teme que o imóvel desabe. “Apresenta um risco iminente, uma vez que o há uma cratera de 5 ou 6 metros crescendo em direção a rua Alameda São Benedito, que quando ceder pode pegar um carro, um ônibus e muita gente não tem para onde ir e não sabe o que fazer”, concluiu.
Novas rachaduras estão sendo registradas por moradores do Pinheiro / Cortesia ao TNH1 |
O grupo agora deve procurar o Ministério Público Estadual e vai tentar marcar audiências com o prefeito de Maceió, Rui Palmeira e com o governador Renan Filho para pedir apoio cobrança de um diagnóstico sobre o ocorrido. “O período de chuvas se aproxima e precisamos de uma definição sobre o que ocorreu e sobre o que devemos fazer”, concluiu.
O TNH1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Maceió, que informou que vai se pronunciar através de nota. A reportagem também solicitou posicionamento a assessoria de comunicação do Governo de Alagoas, mas ainda não obteve resposta. Também tentamos contato com o Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, que realizou estudos no bairro após os tremores, mas ninguém atendeu nossas ligações.
*Reporter da TV Pajuçara especial para o TNH1
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