Pinheiro: moradores do bairro cobram mais segurança em área de imóveis evacuados

Publicado em 09/04/2019, às 17h04
Prédio foi invadido e teve os extintores furtados. | TNH1/Erik Maia -

Erik Maia

Os moradores do Conjunto Jardim Acácia, no bairro do Pinheiro, em Maceió, que receberam orientação de evacuação dos imóveis da Defesa Civil de Maceió, estão cobrando mais segurança. Após deixarem os imóveis, eles agora estão sendo surpreendidos com notícias de arrombamentos dos imóveis e furtos de pertences pessoais.

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Na manhã desta terça-feira (9), o TNH1 esteve no local, após ser informado que o Edifício Cassuarina teria sido invadido e que os extintores de incêndio foram furtados. A reportagem conversou com a síndica, que disse apenas ter tomado conhecimento dos furtos.

"Temos um grupo que administra o condomínio. Nesse grupo foi informado que houve esse arrombamento e furto dos extintores, mas eu estou no trabalho e ainda não tive como verificar isso”, disse.

Já o radialista Jorge Martinho, morador do Edifício Manacá, que já está saindo do bairro, está deixando seu imóvel, afirma já ter visto pessoas suspeitas rondando o bairro.

“Aqui está ficando difícil de morar, está todo mundo saindo e essa questão de invasão de assaltos já está acontecendo. Eu digo, por que no sábado passado eu vi uma moto, com dois homens, rondando aqui. Isso foi por volta das 3h. Eles ficaram procurando um apartamento desocupado que estivesse aberto para poder invadir”, afirma o morador.

Segundo ele, havia policiamento no bairro, mas não se encontra mais rondas que garantam a segurança do local. “Aqui está ficando um bairro fantasma, e não tem garantia de nada. A polícia estava por aqui, mas depois deixou, não sei porque. Aí fica difícil de ficar morando aqui”, lamentou.

Já o corretor de imóveis, Paulo Melo, afirmou à reportagem que deixou o imóvel e está morando numa casa emprestada por um amigo. Segundo ele, o Governo do Estado prometeu uma Central de Polícia no bairro, mas até o momento nada foi instalado.

“O risco de invasão dos imóveis é um risco iminente que estamos correndo, inclusive, nos foi prometido uma Central de Polícia aqui no bairro, para nos apoiar, mas até agora não vi foi nada. O que acontece é que a gente é que está policiando, eu venho vez ou outra, um vizinho vem, porque nós saímos, mas nossa vida está aqui e não vamos permitir que ninguém venha invadir os nossos lares”, afirma.

Ele conta que é mais um dos moradores que está deixando um imóvel para trás, e que a esposa e outras pessoas do bairro estão doentes por conta do problema. “Estou abandonando o meu bem, que eu comprei com muito sacrifício, sem ter culpa, sem dever nada a ninguém, estou abandonando os meus pertences, deixando aí a mercê de qualquer coisa, por conta de uma mineradora que destruiu nossas vidas e nossos sonhos. Aqui tem muita gente sofrendo. Minha esposa está depressiva, tem muitas senhoras idosas com depressão, todos doentes por conta desse motivo, desse abalo que deu em todo mundo”, concluiu.

De acordo com o Major Cavalcante, um dos responsáveis pela segurança no bairro, houve o aumento de policiamento e as rondas do 4º Batalhão e do Batalhão de Polícia Escolar continuam mantidas. Sobre a instalação de uma Central de Polícia, ele destacou que foi colocado um posto móvel de atendimento da Polícia Civil, mas não soube precisar se ainda está aberto para atendimento à população.

Para os casos de furtos, arrombamentos e invasões de imóveis, a polícia aconselha o proprietária a efetuar um boletim de ocorrência em uma delegacia mais próxima.

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