Alagoas

Pessoas fictícias e contratos forjados: entenda o prejuízo causado pelos criminosos alvos da Operação 'Parasita'

| 19/09/23 - 07h09
| Foto: Divulgação/Ascom MPAL

As fraudes investigadas na Operação "Parasita", desencadeada na manhã desta terça-feira, 19, em combate à sonegação fiscal em Alagoas, foram cometidas com a criação de pessoas fictícias, contratos forjados e, em tese, causaram grandes prejuízos ao erário alagoano. Ao todo, 15 mandados judiciais foram expedidos, sendo seis de prisão preventiva, em Alagoas e Pernambuco, e nove de busca e apreensão. Quatro pessoas foram presas até o momento e duas ainda estão foragidas.

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A operação surge como sequência das operações “Beco Diagonal” e “Evanesco” e já há constatação de alguns dos investigados atuando concomitantemente. O nome escolhido foi em referência a ligação das empresas à organização criminosa que vem atuando ilegalmente à sombra do Estado.

"Buscamos o enfrentamento da organização criminosa que atua nos dois estados, em que há fraudes de societárias, fraudes fiscais, falsidades ideológicas, estelionato e outro crimes a serem aprofundados a nível de investigação, onde tivemos grandes prejuízos ao erário alagoano em especial. Já realizamos prisões, e as buscas estão sendo realizadas com sucesso. Os alvos estão sendo todos visitados, com equipe especializada, buscando quaisquer elementos de provas para serem somados aos que já temos nas respectivas investigações", disse a promotora de Justiça Marília Cerqueira.

No momento, além de empresas do ramo comercial, outras de segmento diferente estão sob investigação pelo Grupo de Atuação Especial no Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf) e Secretaria da Fazenda do Estado de Alagoas (Sefaz), dentro e fora do Estado de Alagoas. Os nomes dos presos serão preservados até o final das investigações. 

Os presos serão encaminhados, incialmente, para a sede da Escola Fazendária. Na sequência, eles serão ouvidos em audiência de custódia pelo Gaesf e pela  17ª Vara Criminal. O material apreendido, dentre computadores e aparelhos celulares, também será levado para a delegacia de polícia do Gaesf. 

A operação está sendo acompanhada pelo coordenador do Gaesf, promotor de Justiça Cyro Blatter, e pelos promotores de Justiça Marília Cerqueira e Anderson Cláudio de Almeida, ambos integrantes do mesmo colegiado. O secretário estadual de Segurança Pública, Flávio Saraiva, também está participando da ação. 

Operação Parasita - Seis mandados de prisão preventiva e mais nove de busca e apreensão estão sendo cumpridos na manhã desta terça-feira, 19, em Alagoas e em Pernambuco. A ação foi coordenada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf).

De acordo com o MPAL, os alvos são suspeitos de integrarem uma organização criminosa especializada em fraudes societárias, fiscais, além de criação de avatares em suas relações com o poder público. As empresas envolvidas são do ramo comercial. Nominada por “Operação Parasita” trata-se de um desdobramento das operações “Beco Diagonal” e “Evanesco”.