Redação
O companheiro Wadson Regis destaca um aspecto interessante nas pesquisas eleitorais que institutos locais têm realizado nos últimos anos em Alagoas: os prefeitos sempre aparecem com excelente índices de aprovação das suas respectivas gestões.
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Não por acaso são os próprios prefeitos que contratam os institutos que realizam essa atividade de “avaliação da vontade do eleitor”.
Mas as pesquisas são registradas na Justiça Eleitoral, podem argumentar defensores desse tipo de atividade.
Uma verdade relativa, porquanto nem todas as pesquisas são registradas e as que se submetem ao crivo do TSE normalmente utilizam um questionário capaz de induzir a pessoa pesquisada a fazer referências positivas sobre quem as contratou.
Ultimamente um outro tipo de avaliação é colocado como “pesquisa” nas redes sociais, sem nenhum embasamento técnico, procurando saber do internauta a opinião sobre candidaturas ou sobre o trabalho de determinado prefeito.
A consequência, especialmente nessa fase de pré-campanha: o resultado da “pesquisa” é divulgado e, inegavelmente, exerce influência sobre a vontade do eleitor.
Ao final, como o eleitor comum não gosta de perder o voto termina tendendo a votar naquele candidato que lhe foi apresentado pela “pesquisa” como aquele com mais possiblidades de vitória.
Enquanto não houver uma legislação séria, que estabeleça critérios para a evitar que certas “pesquisas” influenciem a decisão a ser tomada pelo eleitor, as empresas que realizam pesquisas sérias vão continuar prejudicadas em sua imagem, integrando a vala comum.
O difícil é encontrar um político sério que se proponha a acabar com esse estado de coisas.
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