Pesquisadores descobrem como abrir fechaduras usando som; entenda

Publicado em 22/08/2020, às 18h36
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Olhar Digital

Recentemente, pesquisadores da Universidade de Singapura descobriram um novo método para abrir fechaduras: usar o som que uma chave emite ao destrancá-la. O aplicativo torna possível obter cópias de uma chave original, através de uma análise sonora, fornecendo o padrão de movimento da fechadura. Aplicativo só funciona com trancas do modelo tambor de pinos, método usado mundialmente. O objetivo do projeto é melhorar a segurança e apontar possíveis vulnerabilidades em dispositivos similares.

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O reconhecimento é feito através de isolamento acústico e em câmera lenta, disponibilizando os padrões compatíveis com aquele efeito sonoro. Após o procedimento, é possível obter cópias através do modelo indicado pelo aplicativo. Com o nome de 'SpiKey', o produto passa por análises iniciais e ainda não é 100% eficaz. 

Fechaduras com o mecanismo convencional precisam de uma chave que consiga empurrar uma série de pinos na parte de dentro. Assim que eles forem pressionados, ficando completamente alinhados, a tranca se abre. Cada um emite um clique assim que a chave consegue o alinhamento, tornando possível o procedimento.

Ainda que a nova ferramenta seja um pouco imprecisa, ela mostra uma série de chaves compatíveis ao som analisado. 15 foi o maior número de opções obtido em uma única análise, feito atípico, levando em consideração que, na maioria das vezes, o recurso deixa apenas três modelos possíveis, facilitando a descoberta da chave exata.

"Nosso grupo de pesquisa vem levantando informações da física presente no ambiente, coisas que as pessoas simplesmente não ligam. Usamos isso para desenvolver aplicativos melhores ou desafiar os já existentes", afirmou Soundarya Ramesh, cientista da computação da Universidade de Singapura.

A matemática por trás do projeto

De acordo com as contas dos pesquisadores e o número de modelos disponíveis no mercado, uma fechadura de tambor possui cerca de 587 mil combinações diferentes, sendo que cerca de 56% desses padrões são vulneráveis ao SpiKey. Dessa porcentagem, 94% dos modelos possuem padrão diferenciado, o que deixa cada teste com, geralmente, 10 chaves ou menos de opção. 

A pesquisa completa ainda tem de ser revisada, mas já foi apresentada na Hot Mobile 2020, evento com workshops sobre sistemas de computação e aplicativos móveis.

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