Perito dá detalhes de exame que constatou morte de mulher por envenenamento; filha foi apreendida

Publicado em 05/01/2024, às 11h55
Ascom Polícia Científica -

TNH1 com Ascom Polícia Científica

A perícia criminal realizada no Laboratório de Química e Toxicologia Forense do Instituto de Criminalística de Alagoas foi determinante para esclarecer um caso estarrecedor. O exame toxicológico confirmou que Valdiclea da Silva Ferreira, de 39 anos, morreu por envenenamento em Arapiraca, e o laudo permitiu a conclusão do inquérito conduzido pela Delegacia de Homicídios de Arapiraca. A filha de Valdicleia, uma adolescente, foi apreendida no Rio de Janeiro, e o companheiro dela, um homem de 50 anos, foi preso na mesma cidade.

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As investigações do caso começaram após Valdiclea morrer com sintomas de envenenamento no Hospital Metropolitano em Maceió. Ela teria passado mal na noite do dia 28 de julho de 2022, após se alimentar em um jantar preparado por sua filha. O caso aconteceu no Povoado Lagoa Cavada, zona rural de Arapiraca, mas devido à gravidade do estado de saúde da mulher, ela foi transferida para a unidade hospitalar na capital. Apesar dos esforços médicos, a vítima morreu no dia 1º de agosto de 2022, sendo o corpo dela recolhido para o Instituto Médico Legal Estácio de Lima.

O chefe do Laboratório de Química e Toxicologia, perito criminal Thalmanny Goulart, explicou que no IML de Maceió, seguindo o protocolo de procedimento padrão, durante o exame de necropsia foram coletadas amostras de material biológico. Como havia a suspeita de morte por envenenamento, esse material foi encaminhado para o Laboratório Forense para realização do exame toxicológico.

“Por meio das informações contidas no requerimento de exame pericial, foram escolhidas para a análise as amostras biológicas mais adequadas com o histórico do fato, visando identificar a presença de substâncias de interesse forense, tais quais, fármacos (medicamentos), praguicidas (venenos), substâncias controladas ou proscritas. Foi detectada a presença da substância terbufós, um potente inseticida-nematicida sistêmico, altamente tóxico, aplicado em plantações agrícolas para controle de pragas e que, em contato com o ser humano, pode levar a óbito”. Explicou Thalmanny Goulart.

O laudo expedido pelo Laboratório Forense, permitiu a Delegacia de Homicídios de Arapiraca solicitar a apreensão da menor e a prisão do companheiro dela, um homem de 50 anos. O mandado de busca da menor foi expedido pelo Juízo da 1ª Vara da Infância, enquanto o mandado de prisão foi emitido pela 5ª Vara Criminal, ambos de Arapiraca.

A menina e o companheiro dela, suspeitos de envenenar a vítima, estavam foragidos desde o tempo do crime. Após levantamentos da Divisão de Inteligência da Especializada da PC, o homem de 50 anos foi preso quando saía de uma agência bancária no bairro Bonsucesso, na cidade do Rio de Janeiro, e a menor foi aprendida na residência do casal na Comunidade da Maré, também na Capital Carioca.

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