"Pena máxima, nada menos", diz irmã de Joana Mendes sobre julgamento do feminicídio

Publicado em 01/04/2024, às 15h14
Juliana Mendes homenageia a irmã com uma camisa e a foto de Joana estampada. Família cobra justiça pela morte da professora | Reprodução / MPAL -

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O julgamento do feminicídio de Joana Mendes começou nesta segunda-feira, 1º de abril, no salão do Tribunal do Júri da 7ª Vara, no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, em Maceió. Em vídeo enviado à imprensa, Juliana Mendes, irmã de Joana, cobrou pena máxima a Arnóbio Henrique Cavalcanti Melo, réu confesso pelo feminicídio. 

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"Felicidade é uma coisa que não existe, não tem nada de bom que a gente possa tirar dessa história. Mas a família, os amigos e toda sociedade só espera a Justiça e a pena máxima. Hoje, dia 1º de abril, só temos como meta o dia da verdade. Amanhã é aniversário do meu pai e o único presente que podemos esperar é que ele receba a condenação desse criminoso, desse feminicida com a pena máxima. É a expectativa de toda família". 

Segundo o Ministério Público do Estado, 16 testemunhas estão listadas para depor ao longo do julgamento. Até a publicação desta reportagem, três pessoas já tinham sido ouvidas no tribunal. 

"A gente sente muita força das pessoas que estão do lado da memória da Joana, muita força para conseguir falar, relatar tudo que vivemos até hoje. Sentimos que é uma união muito grande. Todas as pessoas estão muito unidas, tentando recuperar esses cacos, remontar essa história para a gente conseguir fechar esse caixão, esse ciclo, da melhor forma possível. A ideia é realmente se reerguer, se é que a gente consegue chegar nesse sustento mais uma vez, pois é uma família destruída. Pena máxima, nada menos", afirmou Juliana Mendes.

O julgamento do assassino confesso Arnóbio Henrique Cavalcante Melo, que matou a professora Joana Mendes com 32 facadas, tem enfrentado tentativas de mudanças de foco e foi palco de ameaça do advogado de defesa voltada ao promotor de justiça do caso, informou o assistente de acusação Roberto Moura, no início da tarde desta segunda-feira, 1º de abril.

De acordo com o assistente, o curso do julgamento agrada a acusação - que busca a condenação máxima de 30 anos de prisão para o réu Arnóbio Henrique Cavalcante Melo - mas acumula ao longo da manhã "várias tentativas de tumulto ao júri".

A morte da advogada

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