PCdoB mantém Manuela, mas pede esquerda unida ‘já no primeiro turno’

Publicado em 23/07/2018, às 19h55

Redação


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Faltando pouco mais de uma semana para a convenção em que pretende confirmar a candidatura da deputada estadual Manuela D’Ávila à Presidência da República, o PCdoB deu mais um sinal de que está disposto a desistir de uma candidatura própria em prol de uma união dos partidos de esquerda já no primeiro turno da eleição presidencial. Em nota aprovada neste domingo (22), o partido defendeu uma união com PT, PDT, PSB e PSOL para o pleito.

“O PCdoB conclama o PT, PDT, PSB, PSOL e demais forças progressistas a construírem a unidade, já no primeiro turno, para vencer as eleições, derrotar a agenda neoliberal e neocolonial de Alckmin, Temer e Bolsonaro, retirar o Brasil da crise e encaminhá-lo a um novo ciclo de desenvolvimento soberano com geração de empregos, distribuição de renda e direitos”, escreve a nota.

Essa é a segunda vez que os comunistas vêm a público defender que as candidaturas apresentadas se unam em um único palanque para as próximas eleições. A primeira foi no começo do mês passado mas, de lá para cá, no entanto, não houveram avanços nesse sentido, visto que o PDT e o PSOL confirmaram neste final de semana as candidaturas de Ciro Gomes e Guilherme Boulos ao Planalto.

Em movimento semelhante, o PCdoB diz que a pré-candidatura de Manuela segue, até, ao menos, que haja um entendimento com os demais partidos. A pré-candidata comunista já argumentou que estaria disposta a desistir para uma união entre toda a esquerda, mas não para o apoio eventual a um ou outro candidato – ela tem sido, nas últimas semanas, intensamente cortejada por Ciro e pela direção do PT.

Na última sexta-feira, a presidente petista, senadora Gleisi Hoffmann (PR), cogitou a possibilidade de Manuela ser a vice na chapa da legenda, que hoje insiste no nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de ele estar preso em Curitiba e inelegível pelo atual entendimento da Lei da Ficha Limpa.

Centrão

O manifesto do PCdoB aponta como um dos motivos que fizeram o partido voltar a carga pela unificação das candidaturas o acerto do pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, com o grupo de partidos conhecido como Centrão, formado por DEM, PRB, PP, PR e Solidariedade.

“Aberto o calendário das convenções partidárias, vem à tona uma nítida orquestração das forças conservadoras que entronizaram o desastroso governo Temer para tentar vencer as eleições presidenciais com uma candidatura do consórcio golpista”, escreve o partido, que completa: “faz parte dessa orquestração tentar isolar o candidato do PDT Ciro Gomes e, também, concorrentes do tucano pertencentes ao seu espectro político e, ainda, manter a candidatura do MDB, Henrique Meirelles, com o intuito de descolar Alckmin de Temer”.


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