Polícia

PC colhe depoimento de idosa que teve perna amputada por suposto erro médico no HGE

| 18/05/23 - 08h05
| Foto: Cortesia

A Polícia Civil informou que o inquérito que investiga o suposto erro médico que levou à amputação da perna de uma idosa no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, está perto de ser concluído. O delegado Robervaldo Davino, responsável pelo caso, colheu o depoimento da vítima, a dona Maria José, nessa quarta-feira, 17, e informou que vai compará-lo com o que foi dito pela equipe médica. Mais duas pessoas devem ser intimadas a depor.

"Ela contou tudo o que aconteceu, desde o momento que sofreu o acidente de trânsito, antes de ir para o HGE. Então ela relatou tudo o que precisávamos ouvir e agora vamos comparar tudo que ela falou com o que foi dito pela médica-cirurgiã, a anestesista, as enfermeiras, e inclusive, os maqueiros. Todos foram ouvidos. Precisamos ouvir mais duas ou três pessoas para concluir o inquérito e acredito que na próxima semana vamos entregá-lo ao Ministério Público", disse o delegado em entrevista ao programa Balanço Geral Alagoas, da TV Pajuçara/Record TV.

"Seria uma enfermeira responsável por conduzir o paciente da ala onde estava até a ala de cirurgia, e um outro médico que presenciou a situação. Eles vão ser ouvidos", acrescentou Robervaldo Davino.

Ainda de acordo com o delegado, tudo o que foi colhido até o momento leva a crer que houve erro médico, mas o responsável pela falha ainda não foi identificado. "O próprio diretor-geral do HGE admitiu que houve o erro e estamos tentando identificar quem errou. Todo o pessoal ligado à área de Medicina, quem fez a cirurgia, quem deu a anestesia, e as pessoas que conduziram até o local, alguma dessas pessoas errou, mas até o momento ninguém nos disse quem errou", afirmou.

"Ela foi para lá certa que faria uma cirurgia no tornozelo, devido ao acidente que sofreu. Ninguém perguntou nada a ela. E depois que ela acordou após a anestesia, estava estranho para ela porque estava sem a perna. Ela disse que começou a se desesperar, chamar as pessoas, e perguntar o porquê disso. Aí veio a situação de saber de onde aconteceu, quem foi que falhou, e agora cabe a polícia descobrir e é nisso que estamos trabalhando", continuou.