Para líder do PR, chance de governo perder em votação no Congresso diminuiu

Publicado em 22/09/2015, às 22h42
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Redação


O líder do PR na Câmara, deputado Maurício Quintella Lessa (AL), disse nesta terça-feira, 22, que acredita que a chance do governo ser derrotado na sessão do Congresso que vai apreciar os 32 vetos presidenciais diminuiu. "O risco hoje é menor, mas plenário é plenário", disse. 


Mais cedo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que o trabalho de convencimento que foi feito pelos deputados da base durante o dia pode realmente surtir efeito. "Não sei como está a situação no Senado. Na Câmara, se a votação fosse há duas semanas, teria sido derrubado o veto. Hoje estão trabalhando, então pode ser até que não derrube", afirmou. 


Para Quintella Lessa, a oposição terá outras oportunidades "para bater no governo". "Agora, se derrubarem os vetos, a sinalização será de que o Congresso é irresponsável", disse. "Não tenho dúvida que a oposição vai contribuir."


Parte das matérias vetadas pela presidente integra a chamada pauta bomba e poderia anular o esforço do governo em fazer o ajuste fiscal. Até ontem, o Planalto trabalhava para que a sessão de hoje fosse adiada para evitar uma derrota. No entanto, por conta da disparada do dólar, a presidente Dilma Rousseff pediu que o Congresso realizasse a sessão. 


Para derrubar qualquer um dos 32 vetos da pauta são necessários os votos de, pelo menos, 257 deputados e 41 senadores conjuntamente. O governo teme o impacto fiscal da derrubada dos vetos que giraria em torno de R$ 127,8 bilhões até 2019, segundo cálculos do próprio governo.


PSDB


Já o vice-líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT), disse nesta terça que o PSDB vai orientar a sua bancada da Casa para que derrube os 32 vetos presidenciais. "O PSDB vai encaminhar pela derrubada de todos os vetos. A esmagadora maioria do partido vai votar para derrubar", afirmou. 


Segundo ele, durante o dia parlamentares do partido tiveram longas reuniões para debater o assunto e não se convenceram do discurso do governo de que a oposição precisa ter responsabilidade com as contas do país. "Não é a oposição que vai comprometer as contas do país. Quem compromete é quem tem a caneta na mão", disse. "Não somos nós que temos que garantir a governabilidade."


Apesar da orientação da bancada, Leitão afirmou que é possível que haja poucas dissidências entre os tucanos. "Talvez uns quatro ou cinco não acompanhem", afirmou.


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