Pais devem acompanhar estudos da criança, mas não interferir nem resolver as tarefas

Publicado em 05/08/2018, às 15h53

Redação

O segundo semestre escolar come­çou e, logo, as crianças voltarão a ter dever de casa. Muitos pais acham im­portante ficar ao lado dos filhos na hora dos estudos, mas não sabem como aju­dar corretamente. Os especialistas pe­dem cautela, já que o processo de aprendizagem de cada criança é único, e saber organizar as próprias tarefas faz parte do desafio da lição.

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A empresária Silene Bagnoli, 45, ajuda a filha, Julia Baldo, 14, a estudar para as provas e a fazer os deveres. "Normalmente, faço pesquisa na internet sobre o tema da prova, combi­no um horário com a Julia e vejo o que ela aprendeu sobre o assunto", conta Silene. 

Para Julia, é uma segurança contar com o auxílio da mãe. "Eu me sinto mais confiante quando ela estuda comigo", diz a menina. Quando a maté­ria é matemática, Julia tem aulas de re­forço com um professor.

Rosana Auricchio, coordenadora do curso de pedagogia do Grupo Educacio­nal Drummont, afirma que os pais devem mostrar interesse pelas atividades escolares dos filhos. "O pai pode super­visionar a lição de casa, mas não deve ficar ao lado, esperando a criança fazer a tarefa", orienta. "Muitos têm pouco

tempo e acabam fazendo o dever de ca­sa para o filho se livrar dela."

Segundo Rosana, a função da tarefa escolar é fixar o aprendizado que o alu­no teve em aula. Com o pai ao lado, a criança tende a dizer que não sabe re­solver a tarefa, porque quer que ele passe o maior tempo possível perto de­la. "Para quem foi mal no primeiro se­mestre, eu aconselho que priorize os estudos da escola e deixe de lado ativi­dades extracurriculares", diz Rosana. 

Carla Salcedo, neuropsicóloga do Es­paço Vivacità, explica que, na intenção de ajudar, muitos pais acabam atrapa­lhando o processo de aprendizagem da criança. "Por exemplo, tem criança de cinco a sete anos que está aprendendo a escrever, e o pai fica com a borracha apagando a escrita, porque quer uma letra mais bonita. Isso gera frustração e sofrimento", observa.

Laura Calejon, coordenadora do Ce­depp (Centro de Desenvolvimento Pes­soal e Profissional), afirma que a famí­lia deve dialogar com a escola para am­bas seguirem juntas na educação da criança. "Os pais precisam conhecer o caminho que a instituição está trilhan­do no ensino de seus filhos", finaliza.

MONITORE A ROTINA ESCOLAR

Fontes: Rosana Auricchio, coordenadora do curso de pedagogia do Grupo Educacional Drummont; e Carla Salcedo, neuropsicóloga do Espaço Vivacitá

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