Pai de garoto encontrado pelo Samu diz que filho começou a fugir de casa após a morte da avó

Publicado em 11/07/2016, às 14h43

Redação

O pai do garoto Samuel Victor, de sete anos de idade, que foi encontrado na orla de Maceió no último sábado (9) por uma equipe de socorristas do Samu, procurou a reportagem do TNH1 para contar detalhes de uma verdadeira saga vivida pelo filho no final de semana. 

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O agente de limpeza José Lenildo Coutinho afirma que Samuel fugiu de casa, comportamento que o garoto teria começado a apresentar após a morte da avó, há dois meses.

“Eu deixei ele com a filha da minha esposa, que tem 18 anos. Quando voltei, uns 40 a 45 minutos depois, ela estava procurando por ele. Fui ao primeiro Batalhão da Polícia Militar, e fui orientado para entrar em contato com o Samu”, explicou.

Ele disse ainda que, antes de procurar a polícia, um vizinho o teria avisado que viu o veículo do Samu pegando o garoto na praia, o que ele achou estranho, já que mora a 30 minutos de caminhada da praia, foi quando resolveu procurar o Conselho Tutelar da região.

“Ele nunca havia fugido de casa. Às vezes sai para brincar e a mãe vai atrás dele. A gente não mantém o menino preso, mas que as vezes deixa ele em casa com os portões fechados com cadeado, mas como a vó dele, minha mãe, morreu há 2 meses, acho que isso pode estar provocando esse comportamento”, alegou.

"sou um trabalhador e estou amenizando a falta da vó dele com carinho"

O agente de limpeza disse que se assustou com a forma que o desaparecimento do filho foi divulgada a imprensa. “Se botasse minha foto, o que seria da minha vida? Eu, um trabalhador que saio de 5h e largo de 14h20. Todos os dias de segunda a sábado. Eu estou tentando amenizar a falta que a minha mãe está fazendo, dando carinho”, disse ele.

A versão dele é confirmada pela presidente do Conselho Tutelar que atende a região, Walmenia Santos. Ela explicou que os vizinhos confirmaram a conselheiros que a relação do menino com o pai e com a madrasta é boa e que não há indícios de maus tratos.

“A informação que o conselho recebeu foi de abandono de incapaz. No caso, o pai teria abandonado a criança e saído com o carro acompanhado de três pessoas. A conselheira que atendeu averiguou com a vizinhança, que disseram que a situação era tranquila. Então em decisão de colegiado resolvemos entregar um termo de responsabilidade com a criança e notificar o pai da criança para comparecer nesta segunda”, explicou ela.

A conselheira disse ainda que o menino teria falado a outra conselheira que fugiu porque achou que o pai havia saído para almoçar com madrasta e o deixado em casa. “Até que se prove o contrário o pai é responsável”, concluiu.

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