Ossadas humanas estão abandonadas em prédio desativado do IML

Publicado em 05/07/2016, às 09h19

Redação

Ossadas humanas, algumas inteiras e com etiqueta de identificação, foram encontradas abandonadas no imóvel onde antes funcionava o Instituto Médico Legal (IML) de Alagoas, no bairro do Prado, em Maceió.

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Pedaços de costelas e ao menos dois crânios estão jogados no local, desativado há cerca de três anos.

O flagrante foi registrado por dois jornalistas da Folha de São Paulo, há cerca de duas semanas, quando estiveram no local que foi usado, 20 anos atrás, para fazer a necropsia do corpo de Paulo César Farias e sua namorada, Suzana Marcolino.

Parte das ossadas ainda está dentro de sacos feitos para transportar cadáveres. Um dos ossos traz uma etiqueta vermelha numerada, do Núcleo de Estatística e Análise Criminal, da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas, antiga Secretaria de Defesa Social.

Também existe material humano sobre os balcões do espaço que, embora coberto, tem as paredes vazadas, pois era usado para a análise de corpos putrefatos, e ainda exalavam forte odor.

Fechado desde 2013, o terreno só é habitado agora por um bando de gatos. Naquele ano, o IML passou a funcionar em instalações anexas, e desativou a antiga, que pertence à Universidade Federal de Alagoas, deixando os ossos. O prédio é tombado.

O diretor do IML, Fernando Marcelo, disse que a situação denunciada já está sendo resolvida e criticou a falta de espaço, em Alagoas, para abrigar ossadas e enterrar indigentes. Confira a entrevista.

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