Orlando Silva critica retrocessos e propõe nova agenda

Publicado em 13/07/2016, às 21h48

Redação

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que a Câmara dever afastar a “agenda retrógrada” que a liderança do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o presidente da República interino, Michel Temer, tentam impor: “Temos de impedir regressos. Aqui neste Plenário seria importante ecoar as vozes de milhares de brasileiros em defesa da democracia.”

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Entre os retrocessos apontados por Silva estão a reforma da Previdência, a ampliação da jornada de trabalho e o teto de gastos do Executivo. 
O deputado defendeu a democratização dos meios de comunicação; uma reforma política democrática para dar maior protagonismo à sociedade; além da garantia de direitos aos jovens – em especial jovens negros e pobres. “Poderia falar de muitos temas do século 21 e não manter a agenda do século 19 como alguns querem impor”, afirmou.

Para Orlando Silva, a política tem sido fato decisivo em ampliação da crise econômica. “A Câmara deveria refletir sobre o que fazer para enfrentar o desemprego. Aqui fazemos pouco”, disse. Segundo ele, a primeira ação da Casa deve ser construir caminhos para retomada do desenvolvimento econômico e condições de vida digna à população.

Silva criticou a ação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff que, segundo ele, agravou a crise política brasileira. “Esta crise política grave é potencializada porque quebramos o estado democrático de direito”, enfatizou.

Segundo ele, os deputados colaboraram com práticas antiéticas e agendas obscurantistas que desmoralizam a Casa. “Não é possível que a Câmara seja comandada por um grupo que tenha como marca o compadrio, que atenda aos seus e aos interesses dos seus. Tenhamos uma Casa que reflita a pluralidade expressa na Câmara.”

Perfil
Deputado federal em seu primeiro mandato, foi ministro dos Esportes no governo Lula (2006-2011). Na Câmara, foi vice-líder do governo e, agora, é vice-líder da Minoria.

Natural de Salvador (BA), foi o único presidente negro da União Nacional dos Estudantes (UNE). Também foi vereador pela cidade de São Paulo.

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