Ascom TJAL
A Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Alagoas recebeu representantes de diversas organizações relacionadas aos direitos das mulheres, nesta sexta-feira (29). Elas entregaram uma carta, assinada por 50 entidades, com reivindicações por melhorias no combate à violência doméstica.
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Na oportunidade, o desembargador Tutmés Airan, coordenador da área na Justiça, ouviu relatos de violências sofridas pelas próprias participantes do encontro, e algumas das reclamações e propostas que estão na carta.
“Ficou deliberado que nós vamos construir um pacto, para envolver os poderes e organizações que de alguma forma estão voltadas a essa questão, para comprometer todo mundo e dar um salto de qualidade nessa luta, que é uma luta em favor da humanidade”, disse Airan.
“Hoje é um dia de luta das mulheres”, enfatizou Paula Lopes, advogada e coordenadora do Centro de Defesa dos Direitos da Mulher. “Essa carta fala sobre a importância do fortalecimento da rede de proteção, dos dados estatísticos, que as delegacias funcionem 24h, e todas as dificuldades que nós mulheres sentimos”, explicou Paula.
A coordenadora da Casa da Mulher, Érika Lima, destacou a necessidade de ações preventivas para “romper o ciclo da violência” e impedir que a situação evolua para um feminicídio. “É preciso incentivar que as mulheres denunciem antes que chegue ao extremo, pois tem chegado”, afirmou Érika.
A professora Marly de Araújo Santos, pesquisadora da área, argumentou no mesmo sentido. “Por mais que o feminicídio seja assustador, para chegar na violência letal, tem um histórico de violência, quando a mulher morre, ela já passou por outras formas de violência”.
A juíza Eliana Machado, integrante da Coordenadoria da Mulher, garantiu que o Judiciário tem feito a sua parte e buscado aperfeiçoar o acolhimento das vítimas. “O Judiciário tem aplicado as medidas dentro do prazo, e foram concedidas mais 800 medidas protetivas só esse ano”, destacou.
Estiveram presentes ainda a deputada estadual Jó Pereira, a deputada federal Tereza Nelma, a juíza Laila Kerckhoff (Coordenadoria da Mulher do TJAL), o servidor Pedro Montenegro (Coordenadoria de Direitos Humanos do TJAL) e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil.
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