Opinião: “Governo e Congresso optam por botar carga no lombo de pobres enquanto aliviam indústria de carros”

Publicado em 08/06/2024, às 17h01

Redação

Taxação das blusinhas embutida em programa de descarbonização da frota de veículos é o episódio da vez, reforçando a tendência de protecionismo.
É o aumento da tributação aos menos favorecidos se contrapondo ao incentivo à indústria automobilística, acessível aos mais favorecidos economicamente.
É como entende o jornalista Carlos Andreazza:

 

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“Mais um projeto de incentivo à indústria automotiva foi aprovado. São décadas de protecionismo.  O fracasso da competitividade agora embalado com sofisticação verde. Pela descarbonização da frota. O caô da vez. Chama-se Mover. Projeto do governo Lula. Que, sem dúvida, nos move.

Projeto do governo Dilma 3 também é o da taxação de compras internacionais até U$ 50. Assim – leio – se fará ‘justiça’ via tributação no Brasil, pela isonomia concorrencial à indústria e ao varejo locais. Contrabando – o da taxa sobre as blusinhas – embutido no programa de carinho a industrial fabricante de carros nem artificialmente capaz de competir.

Uma coisa tem tudo a ver com a outra. Governo e Congresso optaram por botar carga no lombo de pobres e remediados enquanto requintavam o alivio à indústria automobilística. A justiça sendo feita com os justiceiros envergonhados… A justiça é impopular. O justo imposto das blusinhas malocado no pacote com novos benefícios fiscais à produção de automóveis.

Não há uma reforma tributária em curso? Por que não se discute a taxação das blusinhas na sala 171 da Câmara? Por que não se faz justiça – para início de conversa – no espaço adequado?

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