Polícia

Operação Rastro resulta na prisão de dois PMs e de mais 11 suspeitos

| 24/08/22 - 17h08
Os presos foram encaminhados para a sede da Deic, em Santa Amélia | Foto: Arquivo/Ascom PC-AL

A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas informou, no final da tarde desta quarta-feira, 24, que a Operação Rastro, deflagrada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado, teve um saldo de 13 prisões. Entre as prisões estão a de dois integrantes da Polícia Militar de Alagoas, que foram dadas em primeira mão pelo Portal TNH1

Durante a ação, foram apreendidos 45 comprimidos de ecstasy; uma pistola Taurus calibre 9mm; uma pistola Taurus calibre 380; dois carregadores de pistola calibre 9mm com 17 munições; um carregador de pistola calibre 380 com 19 munições; um carregador de pistola calibre 380 com 15 munições; um carregador de pistola calibre 9mm com 16 munições; duas munições CBC calibre 12 intactas; oito munições calibre 38 intactas; três munições de calibre 380 intactas; uma munição calibre 40 intacta; uma munição calibre 22 intacta; duas munições de calibre 32 intactas; 165 munições de calibre 9mm intactas; 10 munições calibre 9mm deflagradas; e uma munição calibre 38 deflagrada. 

"A Segurança Pública de Alagoas informa ainda que as investigações foram embasadas em provas técnicas e que a Polícia Militar irá abrir procedimento administrativo para apurar os fatos, garantindo aos militares o direito de ampla defesa. A SSP e a PM reiteram que não compactuam com desvios de conduta e velam  sempre pelo cumprimento do dever, seguindo o estabelecido na legislação vigente", mostra trecho da nota enviada à imprensa.

Dois PMs presos - Conforme apuração do TNH1, os dois policiais militares presos foram um tenente do 1º Batalhão e uma cabo do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv). Eles foram apontados na investigação como envolvidos com o grupo criminoso especializado em tráfico de drogas na capital alagoana.

O advogado de defesa da cabo, Napoleão Junior, disse que a policial não tem ligação com crimes. O esposo dela, que era prestador de serviço do sistema prisional de Alagoas, foi preso ao ser flagrado com ecstasy dentro da residência do casal. Na ocasião, ele se apresentou como policial penal, porém depois foi confirmado que ele era agente de segurança não concursado.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do tenente, mas deixa o espaço aberto para manifestação.

A operação - De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os suspeitos já haviam se preparado para expandir o comércio ilegal de entorpecentes e armas para diversos outros bairros da capital, uma vez que esse mercado ilícito tem crescido consideravelmente. Foram identificadas 19 pessoas, todas envolvidas nos mais variados crimes, contendo inclusive indivíduos de dentro do sistema prisional e reeducandos que já haviam sido postos em liberdade. 

As forças de segurança cumprem 19 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão. E todos eles foram expedidos pela 17ª Vara Criminal. Até às 16h de quarta, a SSP confirmou que 13 pessoas tinham sido presas.

O nome de Rastro foi escolhido em decorrência da organização criminosa ser extremamente cuidadosa e deixar apenas pequenos vestígios de informações, sendo necessário para a equipe de investigação seguir e analisar esses fragmentos de dados para chegar aos conjuntos de provas. Participaram da operação policiais militares do Bope e da Rotam. Pela Policia Civil participam policiais do Tigre e da Dnarc.