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Operação que prendeu a influencer Deolane Bezerra e a mãe dela bloqueia R$ 2,1 bilhões

| 04/09/24 - 08h09
| Foto: Montagem TNH1

A quantia de R$ 2,1 bilhões foi bloqueada pela Justiça nesta quarta-feira (4), durante operação contra a organização criminosa suspeita de prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A empresária, advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra está entre os alvos e foi presa no Recife.

A ação foi desencadeada pela Polícia Civil de Pernambuco, e até o início da manhã não havia detalhado como funcionava o esquema criminoso. De acordo com a polícia, Deolane foi levada para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, na Zona Oeste na cidade.

As investigações da operação "Integration" foram iniciadas em abril de 2023. Além da prisão da empresária, também foram expedidos outros 18 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão no Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiania.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, também foi decretado o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações.

Além de bloqueios de ativos financeiros no valor de mais de R$ 2,1 bilhões, foi determinada a entrega de passaporte, a suspensão do porte de arma de fogo e o cancelamento do registro de arma de fogo.

As investigações contaram com a colaboração da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), e das polícias civis dos estados de São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás. Ao todo, 170 policiais estão envolvidos na operação.

Influenciadora já foi alvo de outra investigação

Deolane Bezerra nasceu em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata do estado, mas mora na capital paulista desde criança. A influenciadora está em Pernambuco e, na última publicação nas redes sociais, mostrou a casa dos avós, em Vitória de Santo Antão, onde foi criada.

Em 2022, Deolane foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Civil de São Paulo por suspeita de ter relação com a Betzord, outra empresa de apostas esportivas na internet. Na época, a Betzord era investigada por "crime contra a economia popular e associação criminosa".

Na época, sem citar a operação policial, Deolane Bezerra chegou a gravar um vídeo em sua rede social após a busca e apreensão na mansão, no qual dizia que haveria mais um "processo" e que nada de ilícito tinha sido encontrado em sua residência. Segundo ela, os agentes levaram computadores, celulares e dois veículos.