Redação
Uma operação denominada 'Pirâmide Feudal' foi deflagrada nas primeiras horas desta quinta-feira, 08, com o objetivo de desarticular três organizações criminosas que são responsáveis pela venda, aquisição e distribuição de aves com sonegação de tributos em Alagoas e Pernambuco.
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Até o momento, sete pessoas foram detidas. Cinco suspeitos foram presos em Alagoas e dois no estado vizinho. A polícia também destacou que encontrou notas de dólar e euro dentro de uma residência em Arapiraca. Mais cofres vão ser abertos para totalizar o valor do dinheiro recolhido.
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Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de prisão e 20 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, nas cidades de Arapiraca, Palmeira dos Índios, Ibateguara, São José da Tapera e Penedo, em Alagoas, e nos municípios de Garanhuns e Correntes, localizadas em Pernambuco.
Os levantamentos da polícia apontam que as organizações criminosas são responsáveis, em tese, pela prática de condutas graves, tais como a aquisição e distribuição de aves (frangos) em transportes irregulares, com ausência do cumprimento de requisitos sanitários, sonegação fiscal, corrupção ativa e passiva, falsificação de documentos, comercialização irregular de aves impróprias para consumo e comercialização de armas de fogo.
A operação é fruto de um trabalho investigativo da Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), realizada de forma integrada com o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv).
Para o cumprimento dos mandados durante a operação integrada foram empregados agentes do BPRv, do Grupamento Aéreo e da DEIC.
Todos os indivíduos e materiais apreendidos foram encaminhados para a sede da DEIC, no bairro da Santa Amélia, para a confecção dos procedimentos cabíveis.
A população pode contribuir com o trabalho das polícias realizando denúncias sobre homicídios, tráfico de drogas, roubos, organizações criminosas e outros crimes por meio do Disque Denúncia. As informações podem ser repassadas, de forma anônima e gratuita, por meio de ligações para o 181.
'Pirâmide Feudal'
A operação ganhou o nome de “Pirâmide Feudal” porque a estrutura das organizações criminosas comparava-se a de uma Pirâmide, sendo os donos das granjas igualados aos Reis, que enriqueciam através da sonegação fiscal, adulteração de documentos e venda de frangos inapropriados para consumo mediante corrupção de agente público.
Os donos das avícolas se equiparavam ao Clero que, em conjunto com a Nobreza e os Servos, faziam de tudo para que suas compras chegassem em suas avícolas sem maiores problemas, sobretudo com as fiscalizações.
Os intermediadores, lobistas e negociantes por sua vez se assemelhavam à Nobreza, que faziam com que a organização funcionasse sonegando impostos, corrompendo pessoas, e sobretudo burlando as fiscalizações.
Por fim, os envolvidos na parte de transporte, segurança, escolta e os informantes seriam os Servos que cooperavam para que a mercadoria chegasse a seu destino final.
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