O que houve com PMs que cobraram para ajudar assassino do filho de Cissa Guimarães

Publicado em 06/09/2023, às 08h43
Reprodução/Instagram -

Splash/Uol

No dia 20 de julho de 2010, os policiais militares Marcelo José Leal Martins e Marcelo de Souza Bigon foram atender a uma ocorrência de atropelamento no Túnel Acústico, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro. A vítima era Rafael Mascarenhas, de 18 anos, filho da atriz Cissa Guimarães e do músico Raul Mascarenhas.

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O responsável por atropelar Mascarenhas foi Rafael de Souza Bussamra. Segundo a denúncia, ele participava de um racha nas proximidades, quando invadiu o túnel, que estava fechado para manutenção. No local, o filho de Cissa e Raul andava de skate com outros amigos quando foi atingido pelo veículo. Pouco tempo depois do acidente, o pai do acusado, Roberto Bussamra, teria oferecido propina para que os agentes ajudassem a livrar seu filho.

O valor acordado seria de R$ 10 mil. R$ 1 mil teria sido pago na hora e os outros R$ 9 mil seriam entregues no dia seguinte. Enquanto os policiais acordavam o valor para livrar Bussamra, Mascarenhas morria. A vítima chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Miguel Couto, onde foi diagnosticado com politraumatismos na cabeça, no tórax, nos braços e nas pernas. Ele não resistiu e morreu horas depois, no mesmo dia do acidente.

Na ocasião, segundo a denúncia, Roberto combinou com os agentes para que eles levassem o veículo que atropelou Mascarenhas para uma oficina, antes que a investigação começasse. Além de desfazer a cena do crime, os PMs também foram subornados para evitar a prisão em flagrante do acusado — na semana passada, a Justiça do Rio de Janeiro determinou a prisão de Rafael e Roberto Bussamra.

Martins e Bigon negaram que tivessem cobrado propina para ajudar Bussamra. Em depoimento, entretanto, Roberto afirmou que pagou o valor acordado aos policiais para que ajudassem seu filho.

No último domingo (3), em entrevista ao Fantástico, Cissa Guimarães destacou que os policiais foram corrompidos por R$ 10 mil enquanto seu filho estava morrendo. "Meu Deus do céu, enquanto [a negociação do valor] estava sendo discutido, quanto dinheiro era para ser dado, tinha uma pessoa morrendo".

O que aconteceu com os dois PMs:

Pai e filho presos

Cissa cita alívio após decisão

Relembre o caso

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