Esquerda é menor que Lula e ambos saem mais apequenados e desconectados do povo, como a imprensa amiga.
Centrão se dá bem em cima de radicais dos dois lados.
Ventos sopram a favor da centro-direita.’
O comentário complementa o que eu, Felipe, havia feito no X após o primeiro turno, quando a rede social foi liberada, e que renderia a matéria de capa da Crusoé ‘Esquerda apagada’:
‘A esquerda lulista, que enriqueceu em décadas de poder acadêmico, midiático e político, descolou-se da realidade do povo e sofre reveses eleitorais.
O artificialismo teórico resultou em derrota prática para o Centrão com pose de gestor e a direita que ecoa os valores populares.’
Vamos ligar os pontos, para ilustrar a tese?
MDB e PSD venceram em 5 capitais;
União Brasil e PL venceram em 4 capitais;
Podemos e PP ganharam em 2 capitais;
Avante, PSB, PT e Republicanos venceram em 1 capital…
Embora eleições municipais, em comparação com as presidenciais, costumem voltar os olhos dos cidadãos mais para seus problemas locais que para questões de identidade e ideologia, fato é que o resultado delas sugerem uma derrota do populismo lulista e bolsonarista, bem como a força crescente de uma centro-direita capaz de driblar a rejeição ao bolsonarismo e de demonstrar maior respeito e conexão a crenças, valores e necessidades do povo – inclusive de prosperidade, flexibilidade e empreendedorismo – menosprezados e esnobados pela esquerda.
Governadores à direita do PT, como Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado e Ratinho Júnior, saíram mais fortes em seus estados que Bolsonaro (e até que Lula, no caso de Tarcísio), ainda que precisem, para ter força em eventual disputa pela presidência, aumentar sua projeção nacional, administrando as nuances do eleitorado antipetista.
O antibolsonarismo superou o antipetismo em 2022 e deu a vitória ao atual presidente, com sua frente ampla de fachada democrática. As eleições de 2024 reforçam que a oposição a Lula terá mais chances em 2026, se for menos aloprada.”