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Uma semana sem álcool. Um janeiro seco. Beba só nos finais de semana. Beba menos, seja o seu melhor. Estas frases são exemplos de slogans utilizados em campanhas de saúde idealizadas em diferentes partes do mundo para estimular a redução do consumo de bebidas alcoólicas. Diante dessas, a ordem é adotar aquela regra onde o menos vale mais.
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Prejudicial para todos, independente da idade, sexo, gênero, etnia, tolerância ou estilo de vida, o álcool se relaciona com mais de 200 doenças diferentes. Isso significa que, ao investir na abstinência ou na redução de seu consumo, você fica fora de uma estatística que conta 3 milhões de mortes por ano resultantes do seu uso inadequado em todo o mundo.
O que você ganha com isso
As evidências científicas sobre a relação existente entre a abstinência ou a moderação do consumo de álcool e a reversão dos impactos negativos da substância em todo o corpo são bastante estabelecidas.
No curto prazo, além do sumiço das ressacas, é comum observar uma melhora nos níveis de energia, da hidratação, do aspecto da pele, além de mudanças no peso, já que haverá menor consumo de calorias.
A longo prazo, os lucros são distribuídos por todos os sistemas do organismo, destacando-se:
Você se livra de doenças hepáticas
Entre todos os órgãos afetados pela ingestão exagerada do álcool, o fígado é o que mais sofre. A razão para isso é que ele é responsável por 97% do metabolismo do álcool.
O restante é eliminado pelo suor, pela urina e a respiração. Ele também é o responsável pela eliminação de toxinas ingeridas ou produzidas pelo organismo.
Você, enfim, consegue respirar fundo
O álcool é considerado um fator de risco para pneumonias adquiridas fora dos hospitais. E basta ingerir de 10 g a 20 g de álcool diariamente para somar 8% a mais do risco de ficar doente. Os dados foram publicados pelo periódico British Medical Journal.
Relatório da OMS indica que, para além da doença, a substância também atrapalha o tratamento, o que eleva a chance de óbito.
Você tem mais facilidade para entrar no clima
As pesquisas médicas já confirmaram a relação positiva entre abstinência do álcool e melhora da disfunção erétil —especialmente quando não há lesões no fígado, o paciente é jovem e o período de tempo do consumo do álcool é menor, assim como o número de doses consumidas diariamente. Os dados foram publicados no The Journal of Sexual Medicine.
Você mantém o coração em bom estado
Parar de beber ajuda na prevenção e no controle da hipertensão (pressão alta), fibrilação atrial, insuficiência cardíaca, AVC (acidente vascular cerebral), além de alterações na pressão sistólica e diastólica (contração e relaxamento) do coração.
Todos esses quadros estão relacionados à ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.
Você passa longe dos tumores
Há décadas o álcool foi classificado como cancerígeno pela Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer. E ele está no mais alto grupo de risco, que inclui o tabaco e a radiação.
Uma série de fatores influenciam nesse sentido, desde alterações indiretas no DNA até sinergia com outros agentes causadores da doença. Além disso, o álcool reduz os níveis de oxidantes (vitaminas A, E, zinco e ferro, do complexo B, ácido fólico e tiamina), e ainda enfraquece as defesas do corpo.
Você garante o bom desenvolvimento do seu bebê
Uma das proibições absolutas entre mulheres grávidas é o consumo de álcool. É que a substância pode resultar em transtornos do espectro alcoólico fetal, um conjunto de deficiências físicas, mentais e comportamentais. A síndrome alcoólica fetal e o transtorno de neurodesenvolvimento são exemplos.
Crianças que vivem em instituições, unidades para menores infratores ou que recebem educação ou atenção clínica especializadas têm de 10 a 40 vezes mais risco de apresentar o problema comparado à população em geral.
Você joga a favor do seu cérebro
Quando o assunto é a saúde cerebral, não existe consumo seguro em todas as faixas etárias. Deixar de beber tem como efeito imediato a redução dos seguintes quadros:
A longo prazo, podem ser observadas a melhora de sintomas e condições:
Mesmo bebendo menos, o risco permanece
É verdade que muitas pesquisas concluem que o consumo de pequenas quantidades de álcool ajuda a prevenir o diabetes, a doença isquêmica do coração, a demência e até o declínio cognitivo. O fato é que, até agora, não ficou esclarecido o quanto seria essa quantidade capaz de promover a saúde.
De olho nos malefícios que o álcool tem causado em todo o mundo, as mais importantes autoridades sanitárias, incluindo a OMS, reconhecem que não dá para se falar em volume seguro de álcool porque não se pode saber como cada organismo reagirá à substância.
Tenha em mente que o álcool é considerado uma substância psicoativa com potencial de causar dependência, e tem impacto negativo sobre o organismo.
Coloque uma meta, só não vale dobrá-la!
Se você se animou com as vantagens de cortar ou reduzir o álcool, adote as seguintes medidas:
Conte quantas doses consome a cada semana e vá reduzindo gradualmente, até conseguir não exceder os limites que representam menor risco para a saúde.
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