O caso Marluce Caldas: a história se repete como picuinha

Publicado em 26/11/2024, às 11h00

Redação

Consta que nosso escritor mais consagrado, Graciliano Ramos, teria sugerido que Alagoas deveria se trnsformar em um golfo, sendo excluído do território brasileiro, por conta das picuinhas políticas que tradicionalmente campeiam em terras caetés.

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E as circunstâncias vez por outra dão razão ao Velho Graça.

Por exemplo, a desunião da nossa classe política permitiu que a Petrobras há cerca de 60 anos transferisse as instalações da empresa de Alagoas para Sergipe, com forte impacto econômico para nosso Estado.

Outra questão intrigante é o fato de o Porto de Maceió se submeter, por anos, à administração das Docas do Rio Grande do Norte, também por omissao das nossas lideranças.

Vale lembrar que na gestão do governador Teotonio Vilela Filho o então PMDB, capitaneado pelo senador Renan Calheiros, fez o máximo para bloquear em Brasília o repasse de recursos federais já garantidos para a conclusão da duplicação da AL-101 Sul, de Maceió à Barra de São Miguel.

E a obra somente foi concluída porque o governo estadual antecipou a liberação do dinheiro.

A situação volta a se repetir agora, por ação deliberada de políticos alagoanos que têm se empenhado para evitar a nomeação da alagoana Marluce Caldas, procuradora de justiça do Ministério Público alagoano, para o honroso cargo de ministra do Superior Tribunal de Justiça.

Tudo pelo fato de a procuradora ser tia do prefeito João Henrique Caldas (PL), provável (e forte) concorrente ao governo do Estado em 2026, o que desagrada ao grupo político que hoje controla o Palácio República dos Palmares.

Ninguém contesta as qualidades de Marluce Caldas - a birra é tão somente pela ligação familiar.

É a história se repetindo não como farsa, mas por mera picuinha.

 

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