Número de queda de árvores em Maceió já é oito vezes maior do que em 2016

Publicado em 04/07/2017, às 16h31

Redação

Os recentes registros de quedas de árvores em Maceió têm chamado a atenção nestes últimos dias. Somente nesta terça-feira, 04, oito casos ocorreram em diferentes regiões da capital. E o comparativo dos números dos sete primeiros meses de 2017 com todo o ano de 2016 surpreende. Segundo dados da Defesa Civil, até hoje, 4, foram 79 quedas de árvores somente neste ano. Número 8,7 vezes maior do que em 2016, quando apenas nove ocorrências foram registradas.

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Os casos se intensificaram após o início da quadra chuvosa. Desde o dia 20 de maio, foram aproximadamente 75 quedas. Hoje as ocorrências foram nos bairros Bom Parto, Cruz das Almas, Mutange, Pinheiro, Poço, Serraria, e na Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Além do volume de chuva, cuja concentração de precipitações em dias seguidos deixou o solo encharcado, outro fator aumenta a possibilidade deste tipo de ocorrência. Anunciadas pela previsão do tempo, as rajadas de ventos também favorecem o tombamento de plantas. 

Nas últimas semanas, quando o volume de chuva foi intensificado, o vento alcançou uma velocidade média entre 5 e 10 quilômetros. No entanto, conforme já anunciava a previsão, foram registradas desde ontem (03) rajadas de vento de aproximadamente 30 quilômetros, com a possibilidade de chegarem até 42 km até a noite desta terça-feira (04).

Segundo esclarece a equipe técnica da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Semds), da qual a Defesa Civil faz parte, além da chuva intensa e do vento forte, outros fatores naturais também ocasionam a eminência de risco de queda, como o local onde a árvore foi plantada, a idade da planta e a questão sanitária, como pragas e doenças no caule e no solo. Para evitar a queda, a Semds realizou nos últimos oito meses um trabalho  preventivo que abrangeu as grandes avenidas da cidade.

Na Semds, este acompanhamento é realizado pelo Núcleo de Monitoramento Arbóreo (Numa). Após uma avaliação técnica, o setor identificou preventivamente árvores com risco eminente de queda por conta dos fatores naturais e sanitários, sendo necessária a supressão de aproximadamente 300 plantas. Deste total, a metade foi proveniente da extensão das avenidas Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima, entre o bairro Forene e a Praça do Centenário, no Farol.

“A chuva forte e o vento são fatores de risco e podem ocasionar a queda de árvore. Outro ponto que deve ser observado é o fato de que, na maior parte dessas ocorrências, as árvores que caíram foram em áreas de risco e de difícil acesso. As árvores que hoje são plantadas na parte urbana devem seguir critérios e o plantio deve ser feito de forma orientada, com esclarecimentos técnicos para evitar a necessidade da supressão ou até uma eventual queda, como temos registrado”, explica o engenheiro agrônomo e coordenador do Numa, Valdir Martiniano.

O engenheiro também solicita a colaboração da população. “Pedimos que seja comunicada a suspeita não somente quando a árvore está para cair, mas sobretudo no período em que não está chovendo para que possamos agir preventivamente. O trabalho é contínuo, realizado durante todo o ano, mas também precisamos da colaboração do cidadão”, disse.

A Defesa Civil reforça que, em caso de qualquer ameaça ou até suspeita por uma avaliação leiga tecnicamente, a população deve acionar o atendimento emergencialmente por meio dos números 0800 030 6205 ou 3315-1437. O órgão também orienta aos condutores a evitar que veículos sejam estacionados próximo de árvores, já que as rajadas de vento podem ocasionar a queda de galhos ou da própria planta.

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