Redação
Mallu Magalhães volta aos holofotes, agora, por um motivo bastante diferente da sua doçura e inocência repetidas a exaustão.
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No última sexta (19/5), a cantora lançou o videoclipe de sua nova música, o samba modernoso "Você não presta". Em sua página no Facebook, ela celebrou o feito com os fãs e, junto aos elogios, "Adorei o arranjo da nova música de trabalho! Sensacional!", vieram também as críticas, "Comemorando o clipe racista, que fofa".
As acusações ao clipe são várias. Em um post no Buzzfeed, a jornalista Aline Ramos listou alguns deles. Dentre os principais argumentos, estão, primeiro, a diferença entre o figurino dos bailarinos e da cantora: "Na maior parte do tempo, o corpo negro é mais exposto e colocado em evidência. O que não rola com a Mallu, única branca ali".
Segundo, a inexistência de uma complementariedade: "A falta de contato e sincronia da cantora com os dançarinos passa a sensação de que eles apenas fazem parte do cenário, como objetos".
O editor-chefe do site Prosa Livre, Arthur De Francischi, faz coro às críticas de Mallu no texto "Há algo de errado em "Você Não Presta"". Uma de suas mais importantes contribuições ao debate é a proposição de um diálogo firme, no qual além de identificar pontos problemáticos sugere também caminhos para sua resolução.
"Isso não é para dizer que não é possível gostar da obra da artista paulistana. É apenas uma tentativa de chamar atenção a pontos que mereciam um cuidado maior na hora da execução, afinal, fica mais uma vez evidente a força do privilégio branco, que impossibilita que alguém enxergue para além de sua própria realidade".
Até a publicação dessa nota, Mallu Magalhães não havia se pronunciado publicamente sobre o caso.
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