Ana Carla Vieira
Moradores dos Flexais, de cima e de baixo, e da Rua Marquês de Abrantes se uniram ao grupo de manifestantes do Bom Parto e realizam um novo protesto na manhã desta quarta-feira (13), na Avenida Major Cícero de Góes Monteiro.
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Com pneus e faixas, os manifestantes estão impedindo a entrada de veículos na região de atuação da Braskem, no bairro do Bebedouro, e pedem pela realocação dos moradores e indenização. "Desde ontem que estamos aqui e não temos dia e hora pra sair. Há quase quatro anos que estamos pedindo realocação com indenização e nada. Cada vez mais a situação vai se agravando. Estamos abandonados, ilhados. Somos 3 mil famílias nos Flexais e 3 mil na Marquês de Abrantes", disse o líder comunitário, Romualdo Oliveira.
"Estamos esperando que o Conselho Nacional de Justiça tenha reunião com as comunidades, para resolver o nosso problema. Já lutamos tanto, brigamos tanto. Parece que a gente que cometeu o crime. Pq os órgãos públicos não estão nem aí pra gente", complementou o líder.
"O local só será liberado depois que houver algo firme que venha a resolver o nosso problema. A Braskem ofereceu R$ 25 mil por família, de danos morais, isso não existe. A gente não arreda o pé, queremos nossos direitos, estamos brigando pelo que é nosso", finalizou Romualdo.
O TNH1 entrou em contato com a Braskem e com a Defesa Civil de Maceió, que enviaram notas. Veja, a seguir o que disse a Braskem:
"A Braskem reitera que respeita o direito à manifestação pacífica. Mas ressalta que o bloqueio dos acessos à área onde se desenvolvem as atividades do Plano de Fechamento de Minas, aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e acompanhado pelas autoridades competentes, compromete a segurança dos trabalhadores que atuam no local e impacta as operações de fechamento dos poços."
Acompanhe a nota da Defesa Civil de Maceió:
"A Defesa Civil monitora ininterruptamente as áreas afetadas pelo processo de afundamento do solo, bem como as áreas de borda do Mapa de Linhas e Ações Prioritárias (V4), nos bairros adjacentes, como a região do Bom Parto e Flexais. O monitoramento é feito por meio de equipamentos que medem em milímetros a movimentação do solo e por visitas in loco, que acontecem periodicamente, com vistorias do Comitê de Acompanhamento Técnico. Até o momento não foram encontrados dados que culminem na atualização e ampliação do mapa. O órgão continua à disposição para ouvir a população e esclarecer possíveis dúvidas."
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