Neto e viúvas de vítimas de voo da Chape protestam contra seguradora em Londres

Publicado em 30/09/2019, às 16h30
Adriano Vizoni/Folhapress -

Folhapress

O zagueiro Neto e quatro viúvas de jogadores vítimas do acidente com o voo da Chapecoense, ocorrido em novembro de 2016, se reuniram nesta segunda-feira (30), em Londres, no Reino Unido, para protestar contra a falta de pagamento das indenizações pela queda do avião.

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Com objeto de expor ao mundo a situação dos envolvidos, o protesto foi realizado em frente às sedes da corretora de seguros Aon e da seguradora Tokio Marine Kiln. Cada viúva usou uma camisa com a foto de seu marido na frente, e o número 71 atrás, em alusão ao número de vítimas fatais do acidente.

O ato, denominado "Verdades e Reparações", contou a presença das viúvas de Bruno Rangel, Willian Thiego, Gil e Felipe Machado, além do presidente da Abravic (Associação Brasileira da Vítimas do Acidente com a Chapecoense), Gabriel de Andrade, e três advogados. O grupo recebeu contato de um advogado da AON, mas não houve avanço.

"Não tivemos nenhum tipo de avanço. Eles até tentaram um contato, mas colocaram um advogado, para reiterar que não tinham nada a ver com isso, mas se a gente quisesse a ajuda deles, processualmente falando, que estavam dispostos. Mas, na verdade, o que queriam eram nos tirar da frente da empresa, e não conseguiram. Nada evoluiu. Mas, dentro do que a gente imaginava, o contexto foi interessante", disse Marcel Camilo, advogado do zagueiro Neto e de parte das viúvas, à reportagem.

Na ocasião, 71 pessoas morreram, sendo 64 brasileiras, no voo LaMia 2933, que transportava a delegação da equipe catarinense e convidados para a decisão da Copa Sul-Americana em Medellín, na Colômbia, contra o Atlético Nacional.

Passados quase três anos, o valor referente ao seguro da aeronave ainda não foi pago. As famílias obtiveram um documento que mostra que a avaliação do seguro caiu de US$ 300 milhões em 2015 para US$ 25 milhões em 2016 após renovação feita pela corretora quando a AON junto à seguradora Bisa e à LaMia, que excluía voos que passassem pelo território colombiano.

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