Gilson Monteiro
Em um evento onde se debate as mudanças climáticas e meio ambiente em escala mundial, a COP28, o caso Braskem acabou não escapando de virar assunto. O afundamento do solo na capital alagoana, provocado pela extração de sal-gema pela mineradora, foi motivo da fala de uma alagoana, natural de União dos Palmares. Integrante da comitiva da organização “Engajamundo”, junto com outros 13 jovens brasileiros, Jaiane Bruna, de 21 anos, cobrou posicionamento do governo brasileiro e, também, de grandes organizações ambientais pela falta de engajamento. A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023, acontece até o próximo dia 12, em Dubai, nos Emirados Árabes.
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“Nenhuma organização socioambiental grande se engajou no caso Braskem”, disse Janine, que participa do GT Mudanças Climáticas e Gênero, é creator do Coletivo Lentes Pretas e voluntária do Instituto Igoarias de Desenvolvimento Social. “
“A Braskem afundou uma cidade, são mais de 7 bairros impactados e a empresa está a na COP com um discurso greenwashing”, se referindo a expressão usada quando o discurso e a prática de uma empresa não combinam. O afundamento do solo em Maceió começou em 2018, após um tremor de terra no bairro do Pinheiro. Cinco anos após, cerca de 60 mil pessoas deixaram suas casas no bairro e em outros da região, como Bebedouro e Mutange. Este último sofre, nos últimos dias, com a previsão de um colapso em uma de suas minas, explorada há décadas pela petroquímica, e que agora ameaça afundar, com consequências ainda desconhecidas. Leia mais sobre o assunto.
Cobrança a Lula
“Puxando a orelha do presidente Lula, ela disparou: “Uma capital brasileira está afundando e o governo brasileiro não faz nada?” escreveu ela em seu perfil no Instagram” .Após cobranças semelhantes, o Presidente da República agendou uma reunião com o governador de Alagoas, Paulo Dantas.
Pinheiro e região: 60 mil pessoas expulsas de casa - Foto: Itawi Albuquerque/TNH1 |
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