Redação TNH1
Moradores do Mutange e região realizaram um protesto, na manhã desta quinta-feira, 28, em frente à sede da Braskem, mineradora apontada como responsável pelo fenômeno de subsidência que afeta o bairro, e outros locais como Pinheiro, Bebedouro e Bom Parto.
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Veja vídeo:
Concentrados desde as primeiras horas da manhã, o grupo bloqueou os dois sentidos da Avenida Major Cícero de Góes Monteiro, próximo também do CT Gustavo Paiva, campo do CSA. O trânsito ficou lento na região de 7h às 10h, quando os manifestantes desbloquearam a via, após mais de três horas.
(Cortesia ao TNH1)
Os moradores cobraram medidas das autoridades, entre elas o encerramento das atividades da empresa até a resolução do problema, como também a indenização para as famílias afetadas, visto que, para a população da região, o número é maior do que foi estipulado pela Braskem: 400 famílias.
Em uma faixa levantada por alguns proprietários de imóveis no bairro estava a frase: "Braskem, a tragédia é sua! As casas são nossas. Só sairemos com indenizações".
A organização do protesto informou que o grupo tinha o objetivo de desbloquear a via após a chegada de representantes da mineradora, para o diálogo. Porém, os moradores decidiram encerrar a manifestação às 10h e não houve encontro com responsáveis pela empresa.
(Cortesia ao TNH1)
O grupo informou que vai formalizar junto ao Ministério Público Federal (MPF) uma solicitação para que seja convocada uma reunião com a Braskem, já que uma das queixas do protesto também seria a maneira como a empresa conduz o problema.
"Nós queremos sentar com a Braskem. Ela precisa conversar com a população, e não fazer reuniões a portas fechadas com a prefeitura e outros órgãos. Queremos que ela trace planejamento com os moradores", disse Geraldo Castro, do grupo SOS Pinheiro, que participou do ato nesta quinta.
Reunião com STF
Nesta semana, uma comissão formada por moradores dos bairros atingidos se reuniu com o presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Dias Toffoli, para debater sobre a celeridade do processo envolvendo a indenização pelo fenômeno geológico.
Braskem
A Braskem vai apresentar hoje o plano de evacuação do Mutange para a Prefeitura de Maceió e para a Defensoria Pública. Em nota, a empresa disse respeitar o direito de manifestação das pessoas, e reforçou que que já apresentou medidas para encerrar a extração de sal e fechamento dos poços. Confira a nota na íntegra:
A Braskem compreende e respeita o direito de manifestação das pessoas, e vem mantendo diálogo com a comunidade e os representantes dos equipamentos públicos e privados localizados na região de resguardo.
As medidas para encerrar definitivamente a extração de sal e fechar todos os 35 poços em Maceió foram apresentadas à Agência Nacional de Mineração e demais autoridades, e incluem a criação de uma área de resguardo em torno de 15 poços.
A estimativa é de remoção de aproximadamente 400 imóveis e 1.500 pessoas, mas o perímetro final da área de resguardo e as ações de realocação de pessoas estão sendo planejados em conjunto com a Defesa Civil de Maceió e outros órgãos públicos responsáveis.
A empresa se coloca à disposição para esclarecer dúvidas pelo telefone 0800-006-3029. O serviço está disponível das 9h às 18h e as ligações são gratuitas. A população também pode entrar em contato por meio dos pontos de atendimento nos bairros Bebedouro e Alto do Céu. Anote os endereços:
Associação dos Moradores e Amigos de Bebedouro
Rua Coronel Paranhos, 950
Funcionamento: 9h às 12h
Associação dos Moradores do Alto do Céu
Rua Santa Julia, 252
Funcionamento: 14h às 18h
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