João Victor Souza
A realização do Carnaval este ano se tornou inviável diante do crescimento de infectados por Covid-19 e Influenza no país. O aumento da procura por atendimento em unidades de saúde, que resultou em superlotação de postos e hospitais, também foi um fator determinante para os gestores pautarem com urgência a suspensão das festas de Fevereiro. Mas apesar do risco de contaminação ser evidente, o número de cidades de Alagoas que cancelaram o Carnaval ainda é baixo, se comparado com outros estados do Brasil.
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O levantamento que vem sendo realizado pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), através das assessorias de comunicação das prefeituras, e compartilhado com o TNH1 na manhã desta quinta-feira, 06, mostrava que 12 dos 102 municípios alagoanos já haviam comunicado que a programação para as festividades foi interrompida e as festas promovidas pelas cidades não vão acontecer pelo segundo ano consecutivo. Mais 23 cidades oficializaram a suspensão do Carnaval entre a quinta e a sexta, 07.
A capital Maceió, que havia deixado para dar a resposta sobre a realização da festa de Momo apenas no fim de janeiro, se antecipou devido ao atual cenário da Saúde, e confirmou na quarta, 05, que as prévias e os demais festejos de rua foram suspensos. O prefeito JHC ressaltou em rede social que a pandemia ainda não acabou, e que a decisão foi tomada com base em consulta a especialistas em saúde pública.
Veja os municípios que já informaram oficialmente que não vão fazer eventos no Carnaval (última atualização: às 12h de sábado, 8 de janeiro):
Segundo a AMA, os gestores das cidades de Água Branca, Jequiá da Praia, Mar Vermelho, Novo Lino, Olivença, Paripueira, Porto de Pedras, São José da Laje, São Luís do Quitunde e São Miguel dos Campos, estão ainda analisando a situação e devem definir em breve sobre as festas do mês que vem.
Capitais já cancelaram o evento - As capitais Rio de Janeiro, Salvador e Recife, que atraem milhares de turistas todos os anos, já anunciaram o cancelamento do Carnaval. A cidade de São Paulo definiu nesta quinta, 06, que não vai realizar a festa de rua.
Também na mesma semana, o município de Olinda, em Pernambuco, que também recebe um grande público, anunciou que os blocos tradicionais não vão sair nas ruas em 2022. A festa também foi cancelada por consequência do aumento de casos de doenças.
Avanço da Covid e Influenza - O cancelamento das festas carnavalescas tem sido defendido por diversos especialistas. Em Alagoas, nessa quarta, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) confirmou os primeiros casos de 'Flurona", infecção simultânea por Covid-19 e Influenza; além de voltar a registrar mortes por Covid, após nove dias sem óbitos.
A secretaria também divulgou esta semana que os casos de pacientes com sintomas de síndromes gripais continuam crescendo em Alagoas e causando superlotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A capacidade de atendimento das unidades é de até 350 pessoas por dia e cerca de 10.500 por mês, mas, algumas delas estão recebendo pacientes além da sua capacidade.
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