Mulher presa por esconder corpo em geladeira por 7 anos deixa prisão em SE

Publicado em 19/02/2024, às 17h15
Foto: Reprodução -

Mariana Zancanelli

A mulher de 37 anos que confessou ter escondido o corpo do companheiro em uma geladeira recebeu liberdade provisória nesta segunda-feira (19). Ela foi presa em flagrante em setembro de 2023 em Aracaju (SE) e aguarda julgamento.

LEIA TAMBÉM

Ela deixou a penitenciária no final da manhã desta segunda-feira, acompanhada da advogada. A saída aconteceu em cumprimento ao alvará de soltura, que concedeu o fim da prisão preventiva, segundo a Secretaria de Justiça de Sergipe (Sejuc).

A mulher chegou a ser internada em uma Unidade de Custódia Psiquiátrica. A técnica de enfermagem foi levada ao Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico em 29 de setembro do ano passado. Após uma decisão judicial, ela foi transferida para o Presídio Feminino em Nossa Senhora do Socorro em 2 de fevereiro deste ano.

O cadáver foi descoberto durante uma reintegração de posse. O corpo de Carlos Adão Portella, que tinha 74 anos, foi encontrado em decomposição na casa da mulher, no bairro Suíssa. Após a descoberta, ela tentou cortar os próprios pulsos, sendo encaminhada para um hospital e presa em flagrante em seguida, informou a polícia.

Ela confessou a ocultação de cadáver, mas negou o assassinato. Na delegacia, a mulher contou que escondeu o corpo na geladeira em 2016, mas negou ter matado o homem. Ela disse aos policiais que quando chegou em casa ele já estava morto, e decidiu esconder o cadáver por medo do julgamento das pessoas. Segundo a advogada Katiuscia Barbosa, foi comprovado nos laudos que ela não matou Celso, conforme afirmou em entrevista ao SETV, da TV Globo.

Ela também foi indiciada por maus-tratos contra a filha. A menina tinha 14 anos e morava com a mãe e com o idoso. A criança foi levada pelo conselho tutelar e ficou aos cuidados de familiares.

A mulher teria escondido o cadáver devido a transtornos mentais. A advogada explicou que fez o pedido de revogação da prisão porque a mulher é ré primária e não apresenta riscos, e ela precisaria muito de tratamento. "Ela se autocondenou [pela ocultação do cadáver] por todos esses anos e foi adoecendo cada vez mais", afirmou Katiuscia na entrevista.
 

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

MPT resgata 163 operários chineses em condições de escravidão na Bahia Turista de SP morto em Jericoacoara foi confundido com membro de facção rival, diz polícia Estilista morre em incêndio no apartamento onde vivia no Ceará Casal e bebê de 1 ano que estavam em ônibus na BR-116 iam passar Natal na Bahia