Redação TNH1
O Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) publicou nesta sexta-feira (3), no Diário Oficial eletrônico, a abertura de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para apurar o envolvimento do promotor de justiça, Adriano Jorge Correia de Barros Lima, que teria efetuado disparos de arma de fogo contra uma caixa de som de uma casa vizinha, em um condomínio de luxo, na parte alta de Maceió, durante a virada do ano na madrugada da última quarta-feira (1º).
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O presidente do PIC é o procurador-geral de Justiça em exercício, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, que, baseado no artigo 16 da Resolução 181 do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), também decretou sigilo no processo.
"O presidente do procedimento investigatório criminal poderá decretar o sigilo das investigações, no todo ou em parte, por decisão fundamentada, quando a elucidação do fato ou interesse público exigir, garantido o acesso aos autos ao investigado e ao seu defensor, desde que munido de procuração ou de meios que comprovem atuar na defesa do investigado, cabendo a ambos preservar o sigilo sob pena de responsabilização", diz o artigo 16 da Resolução 181 do CNMP.
O documento assinado pelo procurador-geral de Justiça também requisita ao delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Paulo Cerqueira, a cópia de peças existentes sobre o caso, em prazo de cinco dias. Márcio Roberto Tenório de Albuquerque oficiou ainda a Corregedoria Geral do Ministério Público de Alagoas sobre a instauração do PIC. "Bem como sobre o seu conteúdo, com o escopo de que adote as medidas administrativas que entender pertinentes, bem como ciência à Corregedoria Nacional do Ministério Público.
Entenda o caso
A Polícia Militar foi acionada durante a virada de ano na madrugada entre os dias 31 de dezembro e 1 de janeiro após receber denúncia de que um promotor de Justiça do Ministério Público de Alagoas (MP-AL) teria efetuado disparos de arma de fogo contra uma caixa de som de uma casa vizinha, em um condomínio de luxo, na parte alta de Maceió.
Adriano Jorge Correia de Barros Lima foi conduzido para Central de Flagrantes, no bairro do Farol, em Maceió.
Em nota enviada pela assessoria de comunicação, o Ministério Público Estadual de Alagoas afirmou que vai tomar medidas legais cabíveis ao caso e que não compactua com qualquer desvio de conduta.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, uma mulher relata que o promotor atirou oito vezes em direção à residência e que uma senhora de 93 anos estaria na casa, em local próximo onde o promotor teria efetuado os disparos.
Por telefone, o irmão de Adriano Jorge informou à produção da TV Pajuçara que o promotor iria se pronunciar sobre o fato nesta quinta (02), em uma entrevista coletiva. No entanto, a assessoria do Ministério Público disse que Adriano não iria se manifestar sobre o ocorrido.
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