TNH1, com MP-AL
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio da 13ª e 60ª Promotorias de Justiça da Capital, emitiu, nesta sexta-feira (8), uma recomendação administrativa ao Clube de Regatas Brasil (CRB) para a suspensão do recente contrato de patrocínio firmado pelo clube com um site de acomapanhantes.
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De acordo com a instituição, o pedido de suspensão visa a proteção de crianças e adolescentes contra exposição a conteúdos inadequados.
Ainda segundo o MP-AL, a recomendação foi direcionada ao presidente-executivo do clube, Mário Marroquim, e ao vice-presidente de marketing, André Carneiro, onde foi solicitado a suspensão da exibição da marca Fatal Model, site de anúncios de acompanhantes, nos uniformes do time..
Com base no contrato, que foi firmado entre o clube e o site de acompanhantes no último dia 31, a marca Fatal Model passaria a figurar na barra traseira da camisa oficial do clube nos últimos jogos da Série B do Campeonato Brasileiro.
Dado o grande alcance de público da equipe, que inclui torcedores mirins que acompanham as partidas e consomem produtos oficiais, o MP considerou que a presença de um patrocinador com conteúdo adulto poderá ser prejudicial e inapropriado para o público infantojuvenil.
O promotor de Justiça, Gustavo Arns, explicou a importância da ação para proteger o público infantojuvenil.
“O MPAL está empenhado em assegurar o cumprimento das normas de proteção à infância e juventude. A recomendação administrativa expedida ao clube busca evitar a exposição de crianças e adolescentes a conteúdos inapropriados, especialmente em eventos esportivos e produtos destinados a esse público. Neste caso, a presença da referida marca em produtos oficiais do clube, acessíveis a crianças, pode contrariar os preceitos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Esperamos que o clube adote as medidas sugeridas para preservar o ambiente esportivo como um espaço seguro para todos”, afirmou.
A recomendação foi fundamentada no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e em diretrizes constitucionais, que preveem proteção integral e prioridade absoluta à infância e à adolescência. A Lei determina sanções para a divulgação de conteúdo inadequado em ambientes acessíveis a menores de idade, e indicam a possibilidade de multas e outras medidas restritivas.
Além de solicitar a retirada do patrocínio nos uniformes oficiais e em produtos de ampla visibilidade, o MP ainda recomendou ao CRB que, caso o contrato seja mantido, toda a divulgação da marca Fatal Model seja restrita a materiais voltados exclusivamente ao público adulto. Essa providência evitaria que crianças e adolescentes tivessem acesso indireto ao conteúdo promovido pelo patrocinador.
O CRB tem um prazo de cinco dias para informar ao MPAL as ações que serão tomadas em resposta à recomendação.
A reportagem do TNH1 entrou em contato com a assessoria do clube, e o espaço segue aberto para posicionamento.
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