Assessoria
Durante solenidade realizada nesta quarta-feira (27), o Ministério Público de Alagoas apresentou o projeto “Jogando pela Paz”, que busca fortalecer o enfrentamento à violência no futebol de Maceió por meio da criação de uma rede especializada, agregando várias instituições. O projeto atuará em quatro frentes: prevenção, repressão, deliberação e promoção, com ações de conscientização junto à sociedade. A iniciativa é uma realização dos promotores de Justiça Sandra Malta e Bruno Baptista.
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“O Ministério Público vem atuando já há algum tempo para garantir a paz nos jogos, o que tem refletido na diminuição dos episódios de violência dentro de campo. Agora, estamos vendo que a violência tem se expandido para fora dos estádios de futebol, com vários casos de violência nas regiões próximas ao estádio, conflitos envolvendo as torcidas. Por isso o projeto ‘Jogando pela Paz’ é tão importante”, relatou a promotora de Justiça Sandra Malta.
Segurança
O delegado Lucimério Campos informou que a Polícia Civil tem monitorado os casos de violência relacionados às partidas de futebol para que seja apresentada à sociedade uma resposta ao problema. A PC também está acompanhando a atuação das torcidas organizadas, oferecendo suporte ao trabalho de prevenção que vem sendo desenvolvido pelo Ministério Público de Alagoas em conjunto com a Polícia Militar.
“Nós temos monitorado todos os casos que nascem do contexto do futebol. Se observou, desde o último ano, violências graves e crimes contra a vida. Essas ações estão sendo acompanhadas pontualmente pela Polícia Civil para que todos os casos tenham a resposta devida, com a responsabilização daqueles indivíduos. Também estamos acompanhando as torcidas organizadas, dando um apoio ao Ministério Público e à PM”, destacou o delegado.
Executivo
Representando a Secretaria de Estado do Esporte, Lazer e Juventude (Selaj), o superintendente Humberto Risco acredita que o caminho para a solução desse problema passa pelo diálogo entre os atores envolvidos. “É muito bom termos essa discussão aqui hoje, com clubes, Governo, órgãos envolvidos e Ministério Público. Essa problemática acaba afastando as famílias dos estádios”, comentou.
O vice-presidente da Federação Alagoana de Futebol, Júnior Beltrão, afirma que, para trazer o torcedor de volta aos estádios, são necessárias ações que promovam a cultura da paz dentro e fora de campo, parabenizando o Ministério Público pela iniciativa. “A FAF não pode se privar do debate e essa parceria com o MP e as entidades da segurança é de fundamental importância para que a gente consiga acabar com essa violência que acontece nos estádios”, finalizou.
Participaram da reunião Ministério Público de Alagoas, Polícia Civil, Polícia Militar, Selaj, FAF, Centro Sportivo Alagoano (CSA) e Clube de Regatas Brasil (CRB).
Saiba mais
O projeto “Jogando pela Paz” atuará em quatro frentes:
1) Prevenção, com mapeamento dos índices de violência ligados ao futebol, dados que serão utilizados no monitoramento e planejamento da prevenção. Também serão mapeadas as regiões com alto índice de eventos criminosos para a realização de ações concentradas;
2) Repressão, com a criação de protocolo de notificação das Promotorias do Torcedor de todas as ações penais relacionadas a crimes motivados em razão da condição de torcedor. Entre as medidas de repressão, está o aprimoramento do trabalho de identificação de torcedores envolvidos em eventos criminosos;
3) Deliberação, com a criação de um comitê interinstitucional de prevenção à violência no futebol composta por representantes da Polícia Militar e Civil, Federação Alagoana de Futebol, CSA, CRB, Guarda Municipal e representantes do Estádio Rei Pelé;
4) Promoção, com ciclo de palestras em escolas e outros tipos de eventos como objetivo de disseminar a cultura de paz nos estádios.
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